Três homens roubaram na madrugada de terça-feira cerca de R$ 1 milhão em cédulas de R$ 50 e R$ 100 que estavam no cofre da Federação Mineira de Futebol (FMF), no bairro Barro Preto, região central de Belo Horizonte. A FMF suspeita que a ação criminosa tenha contado com a ajuda de algum funcionário ou prestador de serviço vinculado à entidade. Até o final da tarde, nenhum suspeito havia sido identificado ou preso.
O expediente na Federação costuma ser encerrar às 19h, mas nas terças-feiras são realizadas as reuniões do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), que terminam por volta de meia-noite.
Conforme a Polícia Militar, dois homens teriam se escondido no prédio durante as sessões. Na madrugada, eles renderam o vigia José Adilho Marcelino, de 66 anos, e o obrigaram a liberar a entrada para um terceiro assaltante, que estava com um maçarico. O trio arrombou a porta da tesouraria, no 13.º andar do prédio. Com o maçarico, conseguiram abrir o cofre. Na sala, foram encontradas cédulas de R$ 50 e R$ 100 queimadas. Maços de R$ 100 também foram deixados em uma parte do cofre.
O montante levado não foi divulgado com precisão. "Foi entre R$ 900 mil e R$ 1 milhão", disse o presidente da FMF, Paulo Schettino. Segundo ele, boa parte do dinheiro era oriundo do pagamento pela venda à TV Globo dos direitos de transmissão do Campeonato Mineiro.
O dirigente disse que os recursos não estavam guardados em uma conta bancária para que não fossem alvo de penhora eletrônica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em razão de dívidas trabalhistas.
O porteiro foi agredido e encontrado desmaiado quando outro segurança chegou ao local para substituí-lo, por volta das 6 horas. Ele foi socorrido e levado para o Hospital Odilon Behrens onde foi medicado e liberado.
A Polícia Civil recolheu fitas de uma câmera de segurança interna na tentativa de identificar os assaltantes, que usavam toucas. "Só pode ser alguém com vínculo aqui dentro. Até o melhor dia eles escolheram", lamentou Schettino.