Mesmo com as duas medalhas de prata conquistadas neste final de semana, na Copa do Mundo de Cottbus, na Alemanha, o ginasta Diego Hypólito sofre com um mal muito comum a outros esportistas: a falta de investimentos. O atleta, que sempre participa de competições internacionais de alto nível, não recebe salários do Flamengo, clube onde treina, desde as Olimpíadas de Pequim e está pessimista em relação a um possível patrocínio.
"É triste, mas, no Brasil, já falei várias vezes, valoriza-se só o campeão, o herói. Sou um vencedor, até por tudo o que já passei, mas não creio que vá atrair novas empresas. Talvez só se eu vencer o Mundial", afirmou o ginasta à Folha de São Paulo, em alusão ao torneio que acontecerá em outubro.
Ele também garantiu que não perderá mais tempo procurando investidores e que se dedicará totalmente à ginástica agora. "O patrocínios que tive fizeram parte das minhas conquistas. Mas agora prometi a mim mesmo que só vou me preocupar com isso em 2010", confirmou o bicampeão mundial, que agora só possui um acordo com a Caixa Econômica Federal.
Para tentar resolver o problema crônico relacionado à falta de salários no Flamengo, ele decidiu criar o Instituto Diego Hypólito, que receberá os pagamentos atrasados e repassará para os outros atletas do departamento de ginástica do clube.