A Renault é a primeira equipe a confirmar o uso do sistema de recuperação de energia cinética (KERS) na prova que abre o calendário da Fórmula 1 na Austrália, no próximo dia 29. O diretor de engenharia da escuderia francesa, Pat Symonds, divulgou a informação.
"Vamos usá-lo na Austrália, tenho certeza disso", declarou o membro da Renault em entrevista à GP Week. A Ferrari, a McLaren e a BMW também estão avançadas nos estudos do KERS, mas ainda não decidiram sobre a utilização do dispositivo em Albert Park.
Alguns veículos europeus especializados informam que a BMW deve definir uma posição sobre o assunto ainda nesta semana. "Não posso antecipar qual será a decisão", explicou o diretor técnico da equipe, Willy Rampf, em entrevista ao jornal Blick, da Suíça.
Por outro lado, equipes como Toyota, Williams, Force India, Red Bull e Toro Rosso já descartaram o KERS para a estreia na temporada. Time mais jovem da categoria, a Brawn GP estabeleceu outras prioridades e ainda não testou a nova tecnologia no BGP001.
"Com o tempo que tínhamos disponível, francamente, não consideramos a possibilidade de utilizar o KERS", afirmou o chefe e proprietário da equipe, Ross Brawn. A introdução dispositivo nesta temporada foi amplamente criticada pela maioria das equipes.
Ao comentar o assunto, Pat Symonds procurou mostrar segurança e garantiu que o KERS pode ser benéfico para a Renault. "Obviamente, acreditamos que vai nos oferecer uma vantagem de rendimento em relação às equipes que não usarem", afirmou o diretor de engenharia.
O próprio Symonds admitiu que não esperava estrear na temporada com o KERS. "Antes do Natal, eu teria dito que era pouco provável e não saberia fixar uma data para começar o uso, mas depois das festas os problemas mais importantes foram resolvidos rapidamente. Desde que incorporamos o sistema ao carro, não tivemos problema", encerrou.