Jornal Correio Braziliense

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Em jogo morno, Cruzeiro faz o dever de casa na Libertadores e vence Universitário de Sucre

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Mesmo sem jogar bem, o Cruzeiro conseguiu uma importante vitória sobre o Universitario de Sucre na noite desta quarta-feira: 2 x 0, no Mineirão. A Raposa chega a 10 pontos, lidera o Grupo 5 e está com um pé na próxima fase da Copa Libertadores da América. Um empate nos dois jogos restantes é o suficiente para garantir a vaga. O time boliviano tem apenas um ponto e está virtualmente eliminado. Merece nota a atuação do argentino Sorín. Não pelo futebol apresentado, que ainda não foi tão decisivo quanto antigamente, mas, pela primeira vez desde o seu retorno, o argentino, que foi o capitão do time na noite, jogou todos os 90 minutos. Agora, as duas equipes vão ficar um bom tempo jogando apenas por suas competições locais. O próximo jogo do Cruzeiro na Libertadores é daqui a três semanas, no dia 8 de abril, contra o Estudiantes, na Argentina. O do Universitario é ainda depois, no dia 14, contra o Deportivo Quito, no Equador. O jogo O Universitario precisava do resultado e a partida começou quente. A primeira boa chance, inclusive, foi boliviana. Logo aos cinco minutos, uma cobrança de escanteio da esquerda, a bola atravessou a pequena área sem que ninguém chegasse e acabou saindo em tiro de meta. Aos poucos, o Cruzeiro foi se impondo na partida, com Thiago Ribeiro no comando do ataque. Primeiro, ele lançou bem Jonathan, que bateu cruzado com perigo. Mais tarde, ele recebeu passe de Wellington Paulista na cara do gol, mas foi abafado pelo goleiro Lampe, que pôs a bola para escanteio. Logo em seguida, o atacante bateu de primeira uma bola rebatida pela defesa e, após desvio da zaga, tirou tinta da trave. O ímpeto inicial da equipe celeste acabou sendo freado por um revés inesperado. O meia Wagner deixou a partida com apenas 16 minutos, após torcer o tornozelo, e Adilson Batista teve de acionar Gerson Magrão. A partir daí, o time passou a prender mais a bola no campo de ataque, acuando o adversário, mas tendo muita dificuldade para encontrar espaços. O primeiro tempo terminou com o Universitario fechado na defesa, a esta altura já se mostrando satisfeito com o empate. Enquanto isto, faltava velocidade ao Cruzeiro, o que deixou parte da arquibancada irritada. Os jogadores desceram para o vestiário vaiados por alguns torcedores. O Cruzeiro voltou para a etapa final com ritmo mais forte, partindo para pressionar em busca do gol. Esta postura levantou a torcida e, embora o público não fosse dos melhores, passou a apoiar constantemente a equipe. Aos 10 minutos, Jonathan, o mais criticado pela torcida no primeiro tempo, acertou um lançamento primoroso para Gerson Magrão. O meia tentou cortar o goleiro e foi derrubado na área. Aos 12 minutos, Wellington Paulista bateu forte, rasteiro e no canto, sem chances de defesa, e abriu o placar. O jogo ficaria mais fácil para o Cruzeiro depois dos 17 minutos. O zagueiro Aguirre agrediu Thiago Ribeiro sem bola, fora do lance. O auxiliar Norberto Moyano viu, delatou e o árbitro Federico Beligoy mostrou o cartão vermelho. Com mais espaço e menos pressa, a equipe mineira passou a trabalhar mais a bola, valorizando a posse, mostrando menos ímpeto para marcar o segundo. Esta postura pôs o time da casa em risco. Aos 32 minutos, Raimondi recebeu bom lançamento e saiu na cara do gol. O atacante encheu o pé, mas o goleiro Fábio, bem posicionado, conseguiu importante defesa no chute a queima-roupa. Este susto não foi o suficiente para mudar a mentalidade celeste. O time continuou administrando o resultado e chegou perto de ampliar aos 43 minutos. Após bola rebatida na área, Sorín pegou de puxeta e o zagueiro cortou o gol certo. Aos 45, finalmente saiu o segundo gol. Wanderley protegeu a bola na entrada da área e tocou na medida para Wellington Paulista, que não teve muito trabalho para rolar para o gol.