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Platini demonstra temor sobre efeitos da crise no futebol europeu

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O presidente da Uefa, Michel Platini, afirmou nesta segunda-feira a sua preocupação com o futuro dos tradicionais clubes europeus, por conta da crise que atinge a economia global. O ex-jogador da seleção francesa frisou que a entidade está tomando as medidas necessárias para contornar os problemas que começam a aparecer. "O futebol é fiel reflexo da sociedade, tanto nas coisas boas como nas ruins. Se o mundo está em crise, é lógico que também estamos. Nosso desafio é lutar para superar isso", opinou o dirigente, em declaração ao jornal espanhol Mundo Deportivo. Por conta da crise de crédito, as transações e movimentações financeiras diminuíram consideravelmente na última abertura da janela do continente. Inicialmente, as medidas básicas apontadas pela Uefa para suavizar os efeitos nos clubes são: proibir as transferências de jogadores com menos de 18 anos e determinar a utilização de jogadores das categorias de base. Platini ainda afirmou que cada país tem o dever de zelar pela saúde econômica de sua respectiva liga de futebol. "Com isso, tentaremos equilibrar as equipes. Para mim, a grande diferença atual é a potência dos elencos. É aí que está o dinheiro. Não podemos limitar o salário das equipes em geral, mas controlar os orçamentos daquelas que disputam nossas competições", explicou o presidente. Liga dos Campeões Depois de ver uma final entre clubes ingleses na última edição da Copa dos Campeões - o Manchester United foi campeão, e o Chelsea, vice -, Michel Platini afirmou não temer nova decisão entre times da terra da Rainha. Chelsea, Liverpool, United e Arsenal se classificaram para as quartas-de-final. Para o ex-jogador, no entanto, não há favoritos para a conquista do troféu. Por fim, o presidente da Uefa descartou utilizar a implementação de chips eletrônicos nas bolas de futebol e apoio a iniciativa de quintetos de arbitragem, proposta por ele e testada no campeonato europeu sub-19 na Eslovênia.