O atacante Kléber Pereira realizou a sua última partida pelo Santos no dia 26 de fevereiro, no empate com o Bragantino, fora de casa, por 2 x 2, pelo Campeonato Paulista. Na ocasião, o artilheiro saiu na metade do primeiro tempo com uma contratura muscular na coxa esquerda. Mas, apesar desta baixa considerável, o rendimento santista não caiu e a equipe venceu os dois jogos que realizou sem o goleador, diante de São Paulo (1 x 0) e Oeste (2 x 1).
Quem está satisfeito com esse retrospecto é o técnico Vágner Mancini, já que no ano passado, o Peixe raramente ganhava sem a presença do seu camisa 9, que só nesta temporada, marcou oito gols em 14 partidas.
"O Santos tinha uma dificuldade muito grande de chegar aos gols sem o Kléber. Até porque, de certa forma, o time vinha jogando há muito tempo com um homem de frente, um finalizador nato. Sem ele, tivemos que mexer um pouco nessa estrutura e estamos aprendendo a jogar sem ele, de outras formas e isso nos dá mais opções", analisou Mancini.
Apesar da avaliação positiva feita pelo treinador da equipe sem o seu 'homem-gol', que está na fase final de sua recuperação e que deve na próxima segunda-feira voltar aos treinos com bola, Vágner Mancini reconhece que o atacante vem fazendo falta ao Alvinegro Praiano. Segundo o comandante, que gosta de times velozes, Kléber Pereira contribui ao grupo com sua rapidez de raciocínio.
"A velocidade hoje está inserida no futebol. Mas, muitas vezes, a gente acha que só o velocista tem isso. Só que quem tem raciocínio rápido também é veloz. Era o caso do Raí, do Sócrates, do Falcão. Se eu tenho uma equipe que chega veloz ao ataque, fatalmente o Kléber Pereira vai fazer muito mais gols", disse o técnico santista. "Muita velocidade é diferente de alta precisão. Por isso, acho fundamental um time que jogue com rapidez, com um jogador que sabe finalizar e fazer gols. Esse tipo de receita dá certo", emendou.