A polêmica do fechamento ao público dos jogos da Copa Davis entre Israel e Suécia não passou incólume pelos atletas israelenses. O governo sueco proibiu a entrada de torcida nas partidas, temendo um ataque terrorista por conta do elevado número de palestinos residentes em Malmo, local da competição. A medida irritou a população e agiu como incentivo para os visitantes.
"A sensação de se sentir isolado, de que o time não tem apoio e todos do lado de fora estão protestando contra você com certeza nos deixou com mais ânimo", afirmou Yediot Ahronot, ex-capitão da equipe de Israel, depois da confirmação da vitória por 3 a 2 sobre os suecos que os colocou nas quartas-de-final da competição.
Dudi Sela e Harel Levy foram os responsáveis pela virada no domingo. Andy Ram, que perdeu sua partida nas duplas no sábado, concordou com o argumento e relembrou: "Os protestos e as expressões de ódio apenas nos deixaram mais fortes". Manifestações contra os ataques à Faixa de Gaza promovidos por Israel chegaram a registrar confrontos com a polícia local.
Depois de usar a tensão na Suécia como combustível para a vitória, os israelenses enfrentam a Rússia na semifinal, desta vez atuando em casa. Os russo avançaram na Copa Davis eliminando a Romênia, também fora de casa.