Ronaldo gostou tanto dos 27 minutos em campo diante do Itumbiara na noite de quarta-feira, que até já planeja começar jogando o clássico diante do Palmeiras, domingo, em Presidente Prudente. "É muito melhor começar jogando. A concentração é outra, o estímulo também, no mesmo ritmo dos outros. É complicado entrar no segundo tempo, com os jogadores a 100 por hora. No primeiro pique você fica abafado, a pernas incham rápido.
Sobre marcar gols, principalmente em um clássico, preferiu ser burocrático. "Falar de mim é falar de gols. Vivo deles. E um clássico motiva muito, mas ainda temos treino hoje, amanhã e há a escalação. E ainda temos o ano inteiro pela frente", lembrou Ronaldo, que admitiu ainda estar fora de forma. "Lógico que não estaria 100%. Sei que preciso emagrecer um pouquinho, mas vamos ver como. O porcentual de gordura já está baixo, talvez tenha de perder músculos.
Ronaldo assumiu nesta quinta-feira que errou ao ir para a balada semana passada, em Presidente Prudente. O atacante chegou à concentração às 5h30 da manhã, mais de seis horas depois do que foi determinado pela comissão técnica, irritando Mano Menezes. O ato, inclusive, causou a demissão do diretor Antônio Carlos.
"Nesse episódio, ataque a pedra primeiro quem nunca chegou tarde ou faltou ao trabalho. O resto é tudo bobagem. Já levei meu puxão de orelha, já paguei pela minha indisciplina e acabou. Ponto final", afirmou Ronaldo, que, pela indisciplina, levou multa de 10% do valor de seu salário - pouco mais de R$ 50 mil - e teve de se desculpar com Mano Menezes e o restante do elenco.
Ronaldo prometeu que não está voltando ao futebol para ser apenas mais um. "Quero ser o jogador de antes, voltar a ser rápido, veloz, e arriscar driblar os zagueiros e ganhar deles na velocidade", avisou Ronaldo, também citando posicionamento e tempo de bola. "Tudo eu vou recuperar, só preciso de um tempo. Estou feliz com a evolução. As últimas três semanas foram fantásticas.
Com 15 anos dedicados ao futebol europeu, Ronaldo apenas fez um apelo para que as coisas fossem mais organizadas no Brasil. Ele ficou bastante assustado, como frisou, com tantos repórteres, fotógrafos e cinegrafistas correndo em sua direção no jogo em Itumbiara. "Minha vontade era de chorar. Quando vi aquele monte de gente correndo, quis virar para o outro lado e também sair correndo", explicou.