Após tentar, sem sucesso, contratar Kaká, o Abu Dhabi Investment Group, grupo dono do Manchester City, fez uma proposta para comprar 40% das ações do AC Milan. O valor da oferta, como de costume, estratosférico: 500 milhões de euros, cerca de R$ 1,5 bilhão.
Segundo o Corriere della Sera, a Fininvest, holding de Berlusconi, já aceitou a oferta dos árabes. No entanto, oficialmente, a empresa e o clube negam qualquer negociação, o que deixa no ar a possibilidade de uma jogada política por parte do sheik Mansour.
O ADUG já possui 5% da Mediaset, empresa de Berlusconi que detém grande parte dos direitos de transmissão dos jogos das equipes italianas.
Apesar de ser considerado uma das maiores potências mundiais, atualmente o Milan vem perdendo muito dinheiro, o que aumenta ainda mais os rumores sobre uma possível venda. Em 2008, segundo a consultoria Deloitte, o clube fechou com um balanço negativo de 32 milhões de euros (R$ 97 milhões).
Além disso, o clube não está disputando a Champions League, principal competição de clubes europeus. Mesmo que ganhe a Copa da Uefa, competição secundária no continente, os rossoneri terão um déficit de 30 milhões de euros em relação à temporada anterior.
Prejuízo este que já forçou a diretoria do time rubro-negro a aceitar a proposta, também do Abu Dhabi Investment Group, pela estrela da equipe, o meia Kaká. No entanto, o jogador recusou se juntar aos brasileiros Robinho e Elano, e a transferência não se realizou.