Desde 2000 na Itália, quando foi para o Napoli, o atacante Amauri revelou que já sofreu preconceito por ser estrangeiro no país. Prestes a conseguir a cidadania italiana, o brasileiro de 28 anos levantou a questão, igual o holandês Clarence Seedorf (Milan) e o romeno Christian Chivu (Inter de Milão) fizeram anteriormente quando tiveram este tipo de experiência.
Em entrevista à revista italiana Gioia, o jogador da Juventus contou um episódio que aconteceu no começo de sua carreira no futebol italiano, quando defendia o Nápoli.
"Eu lembro uma vez quando estava em uma farmácia e fui acusado de roubar um pacote de guardanapos. Eu peguei o pacote para ver e a prateleira estava perto da porta automática, que abriu. O farmacêutico achou que eu queria roubar e quis chamar a polícia, mas eu não tinha feito nada de errado. Eu só era um estrangeiro que não sabia falar muito bem italiano", revelou.
Com chances de vestir a camisa da seleção italiana, pois se conseguir a dupla-cidadania as chances de ser convocado por Marcello Lippi são grandes, Amauri lembra que, na época, já sonhava em ser da Azzurra.
"Depois disso, eu respondi ao farmacêutico: 'Chame a polícia, você é um racista. Sou mais italiano do que você e um dia representarei sua seleção'", concluiu o atacante.