O acordo de paz entre Fábio Costa e Fabiano Eller e a comemoração do gol de Fabão, com quase o time inteiro se abraçando, foram considerados por Vagner Mancini tão importantes quanto à primeira vitória santista sob o seu comando no Campeonato Paulista. Depois de uma semana de trabalho, com a viagem ao Acre no meio, o técnico sentiu que a batalha inicial, talvez a mais difícil, foi vencida: acabar com a divisões no elenco
"O vestiário está limpo", comemorou Mancini, após a vitória de domingo, lembrando que no momento da oração, pouco antes de a equipe entrar em campo, Fábio Costa e Fabiano Eller se abraçaram e voltaram a conversar. A mudança de comportamento do capitão era o que faltava para melhorar o ambiente entre os jogadores. "Dou muito valor à disciplina e não abro mão do comando", repetiu. "Fiquei contente vendo todos vibrando juntos no gol de Fabão.
O segundo ponto importante para que a filosofia de trabalho de Mancini dê bons resultados é preparar os jogadores, no meio de duas competições - Campeonato Paulista e Copa do Brasil - como se estivesse na pré-temporada. No jogo de domingo, o treinador teve a certeza de que o nível de condicionamento da maioria dos titulares está muito abaixo do mínimo necessário para fazer o que ele pretende. "Quero meu time atacando e defendendo durante os 90 minutos e para que isso seja possível é preciso melhorar bastante o condicionamento. Vamos atingir esse estágio dentro de cinco ou seis jogos.
Bolaños é tido por Mancini como jogador fundamental para o seu esquema de jogo dar certo e, ao mesmo tempo, um dos exemplos de jogador fora de forma. "A gente vê nele a velocidade e o potencial de ataque muito grande, mas fica bem claro que fisicamente ainda está muito longe ainda. Com 25 minutos do segundo tempo, dava para notar que Bolaños não se sentia bem", destacou.
Enquanto o preparador Flávio Oliveira pega pesado na parte física, o técnico procura compensar a falta de fôlego da equipe com muita conversa. "Para minimizar a deficiência é preciso ter mais posse de bola", explica. Na reapresentação dos jogadores, na tarde desta segunda-feira, no CT Rei Pelé, enquanto os titulares faziam um trabalho regenerativo no Cepraf, Mancini falou por meia hora com os reservas sobre o que pretende de todos. Depois ele participou até dos exercícios físicos, como se ainda fosse um atleta em atividade