Jornal Correio Braziliense

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Hiddink diz que só fica no Chelsea até junho

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O técnico holandês Guus Hiddink disse nesta sexta-feira que não ficará no Chelsea após o encerramento da temporada europeia, em junho, e reiterou que só aceitou substituir o brasileiro Luiz Felipe Scolari no cargo por causa da ligação do dono do clube, Roman Abramovich, com a União Russa de Futebol. "Tenho meu trabalho na seleção da Rússia, que preenche bastante meu tempo, e só aceitei ajudar aqui por causa das relações entre o dono do Chelsea e a federação", afirmou Hiddink. No ano passado, quando seus salários como técnico da seleção estavam atrasados, Abramovich fez uma doação de US$ 5 milhões aos dirigentes russos, que puderam quitar os débitos. A doação, obviamente, foi antes de o magnata ser atingido pela crise financeira, que reduziu sua fortuna em alguns bilhões e o obrigou a frear os investimentos no Chelsea - a falta de reforços na janela de transferências de janeiro foi uma das queixas de Felipão. Hiddink disse, no entanto, que não será por causa de sua interinidade que o Chelsea não lutará pelos títulos que lhe restam. Como o Campeonato Inglês ficou mais difícil nesta semana depois de o Manchester United abrir 10 pontos de vantagem sobre a equipe, ele promete centrar esforços na Liga dos Campeões, troféu que o Chelsea ainda não tem e é o sonho de consumo de Abramovich. "Estamos na briga. Afinal, não estou aqui só para passar o tempo", disse o holandês, que levantou a competição em 1988, ainda sob o nome de Copa dos Campeões, com o PSV Eindhoven. Na semana que vem, o time inicia o duelo contra a Juventus, pelas oitavas-de-final. O Chelsea ainda está na disputa também da Copa da Inglaterra, classificado para as quartas-de-final, mas ainda sem adversário definido. Neste sábado, Hiddink faz sua estreia oficial à frente da equipe diante do Aston Villa, em duelo que vale o terceiro lugar do Campeonato Inglês: o Chelsea é o quarto colocado, com 49 pontos, dois a menos que o rival, uma das surpresas da temporada.