Depois de sofrer protestos formais e ser 'convidada' a se retirar do Torneio de Auckland durante o confronto Israel-Palestina, a tenista israelense Shahar Peer voltou a sofrer com a intolerância e preconceito. No último domingo, a jogadora teve seu visto negado para entrar nos Emirados Árabes Unidos e, consequentemente, acabou impedida de participar do Torneio de Dubai, iniciado nesta segunda-feira.
Em um comunicado oficial divulgado também nesta segunda-feira, a Federação Internacional de Tênis (ITF) mostrou seu apoio à jogadora e repudiou a atitude dos dirigentes do torneio.
Segundo o presidente da ITF, Francesco Ricci Bitti, a entidade está triste e abalada pela decisão dos árabes. "A ITF está chateada em tomar conhecimento que, devido à sua nacionalidade, Shahar Peer, de Israel, foi impedida de entrar em Dubai para cumprir seu compromisso com o torneio local, já que conquistou sua vaga", afirmou em comunicado oficial.
Com a decisão dos organizadores, a WTA (Associação das Tenistas Profissionais) já declarou que pode suspender próximas edições de torneios no país. "A ITF entrará em contato com a Associação de Tênis dos Emirados Árabes Unidos, para lembra-los que nossa constituição não permite preconceito de nenhum tipo. A entidade acredita que o esporte não deve ser usado como um instrumento político, mas como um elemento de unificação entre atletas e nações."
Além da entidade máxima do tênis mundial, a WTA também mostrou sua indignação. "Estamos desapontados pela decisão dos Emirados Árabes Unidos em negar o visto à Shahar Peer. Ela possuía totais direitos de jogar o torneio e isso é uma atitude lamentável. Depois de algumas reuniões, a entidade decidiu manter o torneio nesta semana, porém em breve vamos conversar e nos reunir novamente para saber o que faremos", declarou Larry Scott, presidente da entidade.