Depois de fazer testes na Honda no final do ano passado, Bruno Senna viu o time anunciar sua saída da categoria. Nesta segunda-feira, o acerto do brasileiro com o espólio da equipe foi noticiado. Ex-piloto de testes da Williams e da Jaguar, o experiente Max Wilson vê o jovem em situação delicada.
"Eu torço para dar certo, mas a situação dele é um pouco complicada. É difícil entrar em uma equipe que você não faz ideia do que pode oferecer e não tem nem o nome definido", afirmou Max Wilson, apresentado como novo piloto da equipe Eurofarma/RC na manhã desta segunda-feira, em São Paulo.
No Brasil, Wilson disputou categorias como a Fórmula Ford e a Fórmula Chevrolet. Em 1996, deixou o País para correr a Fórmula 3 Alemã e passou os últimos 12 anos no exterior. Entre 1997 e 2000, foi piloto de testes na principal categoria do automobilismo mundial.
Independente da qualidade do sobrinho do tricampeão mundial Ayrton Senna, Wilson prevê problemas após um possível acerto. "Ninguém sabe direito o que esperar dessa equipe. Qualquer um que entrasse numa situação dessa, mesmo o Schumacher, teria dificuldades", afirmou.
Apesar da situação incerta de Bruno Senna na eventual sucessora da Honda, Wilson entende a decisão do jovem piloto. "Do jeito ideal ou não, ele vai estar pisando na Fórmula 1, o que é o principal objetivo de todo piloto desde o começo da carreira no kart", analisou.
Para o novo membro da equipe Eurofarma/RC na Stock Car, a presença de mais um brasileiro na Fórmula 1 é importante para o esporte nacional. "Com o nome que ele tem, é uma coisa boa para o automobilismo brasileiro. Ele começou tarde, mas vem impressionando todo mundo. Eu torço para que tudo dê certo", declarou.
O acordo entre Bruno Senna e o espólio da Honda foi noticiado pelo jornal Folha de S. Paulo e pela revista italiana Autosprint nesta segunda-feira. No entanto, a assessoria de imprensa do piloto negou o acerto. Na noite desta segunda-feira, ele embarca para a Inglaterra para conversar com os dirigentes Ross Brown e Nick Fry.