Londres (Inglaterra) - Enquanto o mundo do esporte aguarda a conclusão daquela que seria a maior transferência da história do futebol mundial, a ida de Kaká do Milan ao Manchester City, por 150 milhões de euros (R$ 464 milhões), os rivais do time inglês se mantém indiferentes ao fato. Para Arsenal, Manchester United e Chelsea, o impacto de tal reforço não seria sentido.
;Acho difícil ficar pensando nisso, para ser honesto;, disse o técnico do Unite Alex Fergunson à BBC, quando indagado sobre a possibilidade de ver o ex-melhor do mundo em sua cidade. ;Não acho que isso vá nos afetar. Não consigo enxergar isso, não tem nada a ver com quem está comprando e quem está vendendo;, continuou.
Já o técnico do Arsenal, Arsene Wenger, ironizou a possibilidade de acerto, afirmando que tal negociação não pertence ao mundo real. ;Não me sinto conectado a esse negócio porque vivemos em um clube que vive no mundo real;, disparou o treinador.
;Estamos em um mundo em que vivemos de três tipos de receita: de ingressos, de patrocínio e de cotas de televisão. Esse é o mundo real;, continuou, em referência ao Sheikh Mansour, dono do Manchester City e considerado o homem mais rico do futebol inglês, com fortuna avaliada em 16 bilhões de euros.
Ele ainda previu conseqüências pesadas ao mercado de atletas caso o Manchester City realmente quebre o recorde para ter Kaká: ;As implicações desta negociações causariam um distúrbio no mercado. Criaria uma tendência inflacionária em um mundo deflacionário;, explicou.
Único a conhecer bem o meia brasileiro, o técnico do Chelsea Luiz Felipe Scolari minimizou o peso do dinheiro na vinda do jogador ao Manchester City: ;Esse é o futebol e ele é um jogador profissional. Talvez tenham oferecido a ele não somente dinheiro, mas uma a ideia para se tornar um grande clube.
;Como conheço o Kaká muito bem, sei que dinheiro não é um problema para ele;, complementou Felipão, que dirigiu o astro durante a campanha do título da Copa do Mundo de 2002.