O sofrimento é o grande parceiro do grupo do Palmeiras no início da pré-temporada na cidade de Atibaia. Na manhã desta quarta-feira, os jogadores sofreram com o ritmo acelerado dos exercícios físicos e ainda enfrentaram um obstáculo extra, o calor, que andava afastado das cidades paulistanas.
O grupo foi dividido pela comissão técnica. Enquanto metade realizava musculação, o resto dos atletas foi para a pior parte: a corrida. Foram 12 voltas, dividas em série, no campo. Enquanto isso, os goleiros eram bastante exigidos no trabalho específico."Acho que vou morre"', disse o jovem arqueiro Dida, em um dos intervalos das atividades.
O zagueiro Maurício ficou no grupo que realizou inicialmente a musculação. Ao chegar no gramado e tomar conhecimento do que lhe esperava, a reação de desespero foi espontânea. "Nossa senhora", afirmou o atleta ao colher as informações da corrida com o zagueiro Maurício Ramos e o meia Cleiton Xavier.
O desgaste físico trouxe consequências no treino desta quarta-feira. O goleiro Rafael Alemão teve um mal-estar. Após a hidratação necessária, retornou normalmente aos treinos. O volante Sandro Silva foi outro a sentir bastante o ritmo.
"Alguns jogadores passaram mal, mas faz parte. São coisas que acontecem na pré-temporada"', comentou o zagueiro Gustavo. "Depois dos treinos, a piscina (do hotel) é liberada para nós", comemorou o aliviado defensor.
O preparador físico Antônio Mello admitiu que a alta temperatura prejudica os treinos do Alviverde. "É melhor fazer a pré-temporada no frio porque você pode prolongar a atividade. No calor, os atletas se desgastam mais rápido", justificou.
Como já era previsto, o Palmeiras chamou novamente a atenção dos hóspedes que passam férias no Hotel Bourbon, em Atibaia. Desta vez, Gustavo percebeu, porém, que o número de palmeirenses é menor em relação ao ano passado. "Mas isso vai aumentar quando começarem os coletivos", apostou.