Abalado por graves problemas decorrentes do consumo excessivo de drogas e álcool, o ex-jogador inglês Paul Gascoigne revelou numa entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal The Sun que esteve à beira da morte em 2008.
Gascoigne, 41 anos, está atualmente se tratando em uma clínica de reabilitação na costa sul da Inglaterra. "É a minha última chance", declarou. "Um de meus amigos me disse que eu tinha mais vidas que um gato. Ele está certo, mas agora estou na última delas", acrescentou.
Gascoigne sempre teve problemas de alcoolismo e depressão, mesmo quando ainda era jogador profissional. No ano passado, ele foi considerado pela lei inglesa como portador de doença mental.
"O ano de 2008 foi horrível para mim, o pior da minha vida. A bebida quase me matou várias vezes. E ser classificado na categoria dos doentes mentais foi pior do que tudo. Uma pequena parte de mim morreu naquele dia. A diferença agora é que sei o que devo fazer. Sei que não posso beber, nunca mais, senão vou morrer", afirmou 'Gazza', como é conhecido o ex-jogador.
Regan, seu filho de 12 anos, disse em um documentário intitulado "Salvar Gazza" e que será divulgado terça-feira na TV inglesa, acreditar que seu pai "morrerá em breve". Ele também disse que gostaria que seu pai se distanciasse de sua família.
Neste documentário, Gascoigne admitiu ter problemas alimentares, distúrbios emocionais e sofrer de ansiedade. "Bebia quando estava feliz, bebia quando estava triste. Sim, já pensei na morte várias vezes", reconheceu o o ex-ídolo da seleção inglesa. De acordo com o The Sun, Gascoigne não bebe há um mês e está cumprindo um programa muito puxado de recuperação física em sua clínica de reabilitação.
Considerado um dos jogadores ingleses mais talentosos da história, o ex-meia levou a Inglaterra às semifinais da Copa do Mundo de 1990.