Contratado para colocar o Bunyodkor, do Uzbequistão, no mapa do Planeta Bola, Zico, que teve passagens vitoriosas como treinador pela seleção do Japão e pelo Fenerbahce, da Turquia, não pensa em buscar espaço na carreira atuando em clubes do Brasil. Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira no Footecon, o treinador descartou qualquer possibilidade de trabalhar no país, pelo menos em um futuro próximo. "Eu não tinha nem que estar falando sobre isso, pois estou trabalhando e tenho contrato em vigor. Não tenho que falar nada disso. Até 2009 é Bunyodkor e mais nada. A chance de vir trabalhar no país é nula, zero", garantiu.
Questionado se sua opção de ficar fora do Brasil é para escapar da pressão, o Galinho bateu forte: "Vivi minha vida toda sob pressão. Joguei dez anos na seleção com pressão e 20 anos no Flamengo com pressão. Vou ter medo agora, que estou em final de carreira? Eu não concordo é com certos critérios que são adotados e, se puder não trabalhar aqui, não vou trabalhar aqui;, reforçou.
O critério citado pelo ex-dez flamenguista foi a falta de estabilidade que os treinadores enfrentam no país. Para ilustrar sua afirmação, Zico utilizou a classificação final dos quatro primeiros colocados e do grupo dos rebaixados no último Brasileirão.
;Aqui não analisam a capacidade, e sim o momento de resultados. Quais foram os times que chegaram à Libertadores? E quais os rebaixados?;, questionou, lembrando que os quatro primeiros colocados mantiveram seus treinadores durante toda a competição, enquanto os novos integrantes da Série B chegaram a trocar de treinador mais de uma vez.