Em tempos de badalação para César Cielo e Thiago Pereira, pouca gente tem a consciência de quão longo é o histórico de bons resultados na natação brasileiro. Uma prova disso é Manoel dos Santos, um desconhecido para muitos, mas que terá o nome para sempre marcado como recordista mundial dos 100m livre.
O feito histórico do paulista, também dono de um bronze olímpico na prova, se deu quando ele conseguiu atingir 53s6 em 1961, no Rio de Janeiro. "Inclusive alguns vizinhos já me disseram: 'Puxa, eu não sabia que o senhor era nadador'", conta o veterano. "O Brasil sempre teve bons nadadores e tenho muito otimismo com a nova geração. É um esporte no qual o Brasil tem tudo para crescer, pois possui um clima espetacular para isso", acredita.
Manoel, no entanto, ressalta que, aos poucos, o reconhecimento está aparecendo. Um exemplo foi a homenagem que ele recebeu nesta segunda-feira (08/12), quando, por iniciativa da prefeitura de São Paulo, uma árvore foi plantada com o seu nome do Parque das Bicicletas.
"Estão lembrando muito da gente agora, depois de ficarmos esquecidos durante uns 30 anos. Agora estão reativando e eu acho isso muito gostoso", sorriu Santos, que destacou a simbologia da árvore. "Ela cria uma sombra, como nós, que fizemos alguma coisa para o Brasil e para as gerações futuras. A sombra é para todos e basta querer ficar neça e fazer alguma coisa", afirmou.