A inauguração do Museu do Futebol reuniu na noite desta segunda-feira (29/09) ex-craques que são motivo de orgulho para o torcedor. Desta forma, o atual momento da seleção brasileira, comandada pelo questionado técnico Dunga, foi um assunto frequentemente presente entre os antigos integrantes da equipe canarinho.
Dono de um chute que arrepiava os goleiros adversários, Roberto Rivellino também se mostrou afiado nas palavras ao criticar os atuais jogadores do país. ;Falta amor àqueles que jogam na seleção. Também, você faz um gol e já é convocado;, disse o camisa 11 da Copa do Mundo de 1970.
Zagueiro tetracampeão mundial em 1994, Márcio Santos fica inquieto quando comenta a fase do futebol no Brasil. Para ele, as autoridades precisam de atenção com o êxodo dos atletas para países sem expressão no futebol. Ficou clara a vertiginosa queda de qualidade dos times formados pelos clubes nos últimos anos.
;Na minha época, era muito mais difícil ser convocado para a seleção brasileira;, constatou Márcio Santos. ;O grande sonho era jogar em um clube grande do Brasil para depois atuar na Europa. Mas vemos bons jogadores aceitando proposta de países desconhecidos;, emendou.
Discordância
O volante Mauro Silva, outro tetracampeão mundial presente na abertura do Museu do Futebol, é mais um em alerta com as dificuldades vividas pela seleção brasileira. Porém, ele pede tempo para os comandados de Dunga e rechaça qualquer crítica contra os atletas.
;Eu joguei muito tempo na Europa e vinha com o maior prazer defender a seleção. Vejo isso em jogadores que estão fora, como é o caso do Luís Fabiano;, disse o ex-camisa cinco, que aposta no sucesso de nomes como Lucas, Josué e Anderson para assumir a posição de volante na seleção brasileira.