Maior estrela do futsal mundial atualmente, o craque Falcão admitiu que, se necessário, a seleção brasileira irá jogar de maneira pragmática para vencer a Copa do Mundo, que será realizada no Brasil a partir do dia 30, nas cidades de Brasília e do Rio de Janeiro. Para o jogador do Jaraguá, jogar bonito não é a prioridade da equipe nacional. "É o título que desejo acima de tudo. Se eu tiver que jogar feio nos nove jogos para levantar a taça, assim será", afirmou Falcão, em entrevista ao site Fifa.com. No entanto, o atleta confessou que espera que o futebol entretenha o torcedor nas arquibancadas. "Mas eu acredito que podemos conciliar as duas coisas: jogo bonito e mentalidade vencedora", disse.
Aos 31 anos de idade, o ala brasileiro, que foi eleito o melhor jogador da última edição da Copa do Mundo, em Taiwan, em 2004, Falcão demonstrou preocupação com a pressão que a torcida brasileira pode exercer sobre o time comandado por Paulo César de Oliveira.
"Sabemos que existe uma expectativa no país: as pessoas acreditam que todo jogo do Brasil será um show e isso coloca mais pressão sobre nós", afirmou o jogador. "Mas, é claro, os benefícios de jogar em casa com o apoio de nossos fãs contam muito mais. Qualquer atleta, de qualquer modalidade, é um privilegiado se consegue jogar uma Copa do Mundo em seu país", completou.
Falcão, notório por suas jogadas de extrema habilidade e técnica, também comentou a diferença do estilo de jogo em uma Copa do Mundo, em relação a outros torneios. De acordo com o craque, no mundial, mais do que dribles e jogadas espetaculares, o que conduz uma equipe à vitória é a disposição e vibração do time.
"Nos momentos que realmente exigem um drible, uma jogada diferente, utilizo minha habilidade, mas na Copa do Mundo nosso foco é na marcação, na dedicação, em ganhar jogos", analisou o ala, que, para alegria dos torcedores, que querem ver a ;magia; de Falcão, não descartou realizar lances de efeito. "Quando a situação pedir uma jogada individual, então farei isso sem restrições", finalizou.