A maior surpresa na convocação do técnico Dunga para os jogos em que a seleção brasileira enfrentará Venezuela e Colômbia, pelas Eliminatórias Sul-americanas para a Copa do Mundo de 2010, foi o meia-atacante Mancini, que há muito não era lembrado. Agradecendo a confiança nele depositada, Mancini comemorou ainda que tenha sido chamado pela posição em que se firmou na Itália, de atacante.
Para o jogador, o reconhecimento de sua boa performance na posição é uma ;vitória pessoal;, pois grande parte dos brasileiros ainda pensa que ele é o mesmo lateral que deixou o Atlético Mineiro, em 2002. "É uma vitória pessoa eu ter sido convocado como atacante. No Brasil, ainda acham que eu sou o mesmo Mancini que jogava pelo Galo em 2002, e isso é falso. Minha posição atual não é aquela, eu formei uma nova imagem, e as pessoas devem me olhar com outros olhos", revelou o atleta, em entrevista à Rádio Globo.
Mesmo reconhecendo que a disputa no setor ofensivo é ainda mais acirrada, Mancini disse que tem tudo para se firmar como titular. "É complicado. Tem o Ronaldinho, o Robinho. Mas é normal, essa vai ser sempre a situação da seleção brasileira: uma concorrência enorme com jogadores de alto nível. Se já era assim quando eu atuava como lateral, imagina agora como atacante", comenta.
Mancini explicou que sua transição da lateral para o ataque não seu por escolha pessoal, mas sim por uma indicação de seu técnico na Roma, Fábio Capello. "Quando eu cheguei na Itália, o Fábio Capello decidiu mudar minha posição, me fazendo jogar em uma posição entre o ;ponta; e o ;atacante; na Roma. Com isso, consegui marcar 12 gols na minha primeira temporada, e depois consegui manter a minha performance, sempre marcando muitos gols. Me adaptei muito bem", finalizou.