A leve Ketleyn Quadros garantiu espaço na história do esporte nacional ao se tornar a primeira brasileira medalhista olímpica em um esporte individual graças à conquista do bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim. Apesar de toda a repercussão do feito, quase dois meses depois de seu feito, a judoca segue sem contar com um patrocinador.
;Apenas 20 dias após a conquista da medalha, eu já havia feito mais de R$ 15 milhões em mídia espontânea. Tudo catalogado;, destaca a atleta, que defende o Minas Tênis, em Belo Horizonte. ;Mesmo assim, não foi suficiente para despertar o interesse do empresariado nacional. Preciso de apoio, pois quero trazer o ouro de Londres;.
Para a judoca brasiliense, a situação é séria e demonstra o atraso do Brasil no segmento. ;A cultura de patrocínio no Brasil, sobretudo em Minas Gerais, apesar de já ter melhorado, ainda está engatinhando, se comparada aos países desenvolvidos ou até mesmo a São Paulo e Rio de Janeiro;, lamenta.
Ao lado do campeão mundial Luciano Corrêa, Ketleyn voltou a treinar nesta quinta-feira (25/09) em Minas, após um mês de férias. Neste sábado, Corrêa volta a competir, participando do Torneio Benemérito por equipes. A disputa é realizada com peso livre, ou seja, atletas de categorias diferentes se enfrentam.
;Por isso mesmo, os clubes preferem mandar seus cinco atletas mais pesados para brigar pelo título. Estou há um mês sem treinar e isso certamente ir dificultar minha participação;, avalia. ;Mas é bom para já entrar no clima de uma competição oficial. A briga por uma medalha em Londres, em 2012, começa a partir de agora;, avisa.