Jornal Correio Braziliense

Superesportes

Argentina quer pegar a Espanha na final da Copa Davis no carpete

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A cidade nem o complexo esportivo a serem usados pela Argentina na final da Copa Davis ainda não estão definidos, mas uma coisa já é praticamente certa: o país não receberá a Espanha em uma quadra de saibro. Grande herói do confronto vencido diante da Rússia em Buenos Aires, Juan Martín del Potro se juntou ao coro que já contava com David Nalbandian e com o capitão da equipe alviceleste, Alberto Mancini, ao pedir que a série decisiva diante dos espanhóis seja realizada sobre um piso de carpete coberto. Se confirmada a opção da Argentina, esta seria a primeira vez que o selecionado do país não escolheria o piso lento para receber um confronto válido pela Davis. Invictos quando jogam em casa pela competição desde 1998, os argentinos apostam agora em uma quadra rápida, seja a de carpete ou a de cimento, para anular a supremacia de Rafael Nadal sobre o pó de tijolo, conforme assume Del Potro. ;No saibro seguramente não temos chances;, afirmou o jovem de 19 anos, que bateu o russo Igor Andreev por 3 sets a 0 para conseguir o quinto e decisivo ponto alviceleste neste domingo. ;A final será linda para a torcida, e não tanto para nós se vier Nadal. Porém, tendo David (Nalbandian), os outros rapazes e se eu mantiver meu nível, creio que podemos ganhar se mudarmos a superfície;. A posição de Del Potro ainda foi ratificada pelo capitão Mancini, que concedeu entrevista coletiva ao lado do pupilo. ;Sabemos que a Espanha é muito forte, por isso o meu desejo e o dos tenistas é de jogar sobre um carpete coberto. Vamos escolher uma quadra indoor, não importa onde;. Ao revelar que sua preferência é atuar no piso rápido, a equipe argentina só não enfrentará os europeus nessas circunstâncias se não houver um acordo comercial. Isso acontece porque a Associação Argentina de Tênis (AAT) e a L;Egalite, empresa dona dos direitos da Copa Davis, querem manter o confronto em Buenos Aires, sendo que a única opção nesse caso seria construir um piso sintético no Parque Roca, onde a Rússia foi recebida. Do outro lado dessa disputa está Nalbandian, número um do país e que gostaria de jogar a final em Córdoba, capital de sua província natal. Para isso, o tenista já teria até mesmo indicado o estádio Orfeo, que é coberto e onde poderia ser montada uma superfície rápida. O problema, além da parte comercial, também é econômica, uma vez que a praça esportiva cordobesa teria capacidade para 10 mil pessoas, quatro mil a menos que o Parque Roca portenho.