Jornal Correio Braziliense

Superesportes

Histórico, Brasil se despede como nono do quadro de medalhas

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O Brasil já havia chegado ao último dia de competições das Paraolimpíadas de Pequim credenciado por um rendimento que lhe garantiu o maior número de pódios e de medalhas de ouros em toda a história da competição. Entretanto, os feitos brasileiros em solo chinês ainda não haviam terminado, sendo que nesta quarta-feira (17/09) o bicampeonato no futebol de 5 levou o país a superar a Espanha e a fechar sua participação com o nono lugar no quadro de medalhas. Diferentemente do que fez nas Olimpíadas 2008, em que chegou à competição com o recorde no número de atletas, mas não com os feitos mais expressivos em todos os tempos, o Brasil cumpriu as expectativas nos Jogos Paraolímpicos, para os quais encaminhou uma delegação com 188 atletas. O total de medalhas, de 47, foi superior às 33 conquistadas em Atenas-2004, cidade que antes havia presenciado as maiores conquistas dos para-atletas nacionais. No que toca à quantidade de ouros, os 16 faturados em Pequim bateram os 14 que foram trazidos há quatro anos, quando o país ficou com o 14º lugar no quatro de medalhas. Na China, os principais sucessos do Brasil vieram nos esportes em que isso já era esperado, natação e atletismo. Entre os dois, os atletas que caíram na piscina do Cubo D;Água tiveram mais brilho, com quatro títulos tanto para Daniel Dias quanto para André Brasil, ajudando a equipe a atingir 19 pódios e a superar os 11 garantidos na Grécia. Já nas pistas do estádio Ninho de Pássaro, o desempenho foi um pouco pior na comparação com o que havia sido conhecido em Atenas (15 contra 16). Mesmo assim, os brasileiros, que se despediram da cidade asiática nesta quarta-feira com a prata de Toni Sena na maratona, puderam contar com nomes como o de Lucas Prado, que levou medalhas de ouro nas três provas individuais das quais participou. Para superar no quadro geral países do calibre de Espanha (10ª colocada), Alemanha (11ª), França (12ª) e Japão (17º), o Brasil contou ainda com o inesperado desempenho da bocha, responsável por garantir dois ouros e um bronze por meio de Dirceu Pinto e Eliseu Santos. No judô, destaque ainda para o tetracampeonato paraolímpico de Antônio Tenório, enquanto modalidades que nunca haviam rendido pódios ao país, tênis de mesa e hipismo, desta vez quebraram o histórico: os mesatenistas Luiz Algacir e Welder Knaf levaram a prata por equipes, enquanto o cavaleiro Marcos Alves, o Joça, foi bronze em duas oportunidades.