Se a despedida de Fofão será um baque para a seleção brasileira feminina de vôlei, a situação tem chances de ficar ainda mais complicada para o técnico José Roberto Guimarães. Isso porque ele talvez seja obrigado a iniciar o próximo ciclo olímpico com duas levantadoras novas: reserva de Fofão, Carol Albuquerque também pode ter encerrado a sua trajetória com a medalha de ouro na China.
"Ainda não decidi nada (risos), mas preciso sentar para conversar com o Zé Roberto", declarou a atleta, que seria naturalmente promovida à titularidade da equipe. "A ficha de que ganhamos o ouro nem caiu ainda, estamos começando a comemorar nossa conquista agora. Vou ter esse torneio de Fortaleza para conversar e ver quais serão os planos", emendou a atleta, se referindo a um quadrangular que a seleção verde-amarela participará entre 3 e 7 de setembro na capital do Ceará.
Mãe de Matheus, de quatro anos, Carol admite que a família terá um peso importante em sua decisão, a despeito da grande chance em sua carreira profissional. "Querendo ou não, isso é complicado, pois a gente fica muito tempo fora... Meu filho está na escolinha, tem reunião de pais...", explicou.
Porém, aos 32 anos, Carol ressaltou que o plano de um segundo filho pode ser adiado por mais alguns anos por conta da seleção brasileira. "Se eu tiver filho, vai ser daqui a uns três ou quatro anos. Não vai ter problema", destacou a atleta.
Sobre a renovação na posição de levantadora, Zé Roberto já declarou que no momento Ana Tiemi, Fabíola e Dani Lins são as principais candidatas - apesar de ter mais de 30 anos, Marcelle também pode aparecer em futuras convocações.