Após mais de um ano, Valdívia finalmente voltará a defender o Chile no dia 20, em amistoso contra a Turquia marcado para Istambul. O meia adota cautela em relação a uma seqüência na equipe, mas já projeta um duelo que considera especial: o confronto com a seleção brasileira, marcado para 7 de setembro, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010.
;É um jogo que marca muito porque vai ser lá no Chile depois de duas vitórias fora que deixaram a seleção na terceira colocação das Eliminatórias. Tenho certeza que vai ser um jogo decisivo para todos os chilenos, considerado uma final;, analisa o palmeirense, que vê seu país a frente dos pentacampeões mundiais. ;E será especial porque vou enfrentar a seleção brasileira e jogo no futebol brasileiro;, completa.
Mesmo sem esconder a expectativa por enfrentar os comandados de Dunga, o Mago prefere ressaltar a alegria que sentiu ao receber o fax na noite dessa terça-feira e ser informado de que estava de volta. ;Estava ansioso, queria muito voltar. Graças a Deus me convocaram. Fiquei muito feliz. Tomara que não seja a última e que tenham muitas mais para eu ajudar o país a voltar ao Mundial;, torce o meia, lembrando que o Chile não participa de uma Copa do Mundo desde 1998, quando ainda tinha Salas e Zamorano como dupla de ataque.
Incidente
Das recordações da seleção, porém, uma faz mal ao camisa 10 alviverde. Há um ano, durante a disputa da Copa América, Valdívia e os compatriotas Jorge Vargas, Pablo Contreras, Reinaldo Navia, Rodrigo Tello e Alvaro Ormeño foram acusados de causarem incidente no hotel em que estavam hospedados e foram punidos com 20 jogos, reduzidos pela metade na seqüência e já cumpridos por todos no momento.
Na época, na volta ao Brasil, o palmeirense negou todos os problemas, prometeu processar a imprensa chilena, que julgou responsável pelas especulações, e ainda cogitou abandonar o time nacional. Para se decidir, contudo, alegou que pesaria a conversa com a sua família. E os Valdívia decidiram não radicalizar com a confusão envolvendo Jorge.
;Nos falamos muito, fiquei muito triste pela punição. Mas já passou um bom tempo, mais de um ano já. Não esqueci 100% das pessoas que não confiaram na nossa palavra, mas dá para esquecer um pouco o que aconteceu;, garante, confiante de que com Marcelo Bielsa o clima é diferente do que era com o antecessor Nelson Acosta.
;O professor Bielsa ainda não me conhece e eu também não conheço ele. Tenho certeza que, chegando lá, o professor Bielsa sentará para conversar comigo. O ambiente que a seleção está vivendo agora é totalmente diferente de tempos atrás;, relaciona.
Parabéns do chefe
Protagonista de polêmica com o chileno na última semana, Wanderley Luxemburgo felicitou seu comando pelo retorno à seleção. ;Achei muito legal ele voltar para a seleção. Já pagou o que tinha que pagar pelos erros e esse é um momento bom para ele. Para o Palmeiras, é muito bom ter jogador de seleção jogando aqui;, enaltece.