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Muricy apóia seleção, mas espera ouro para legitimar geração

O treinador tricolor fez questão de dar seu apoio a Dunga e à seleção brasileira, rebatendo o argumento de que os testes estariam sendo feitos com seleções muito fracas antes da estréia olímpica.

postado em 03/08/2008 08:40
A seleção brasileira venceu o Vietnã nesta sexta-feira por 2 x 0, em seu último amistoso preparatório antes do início da disputa do torneio masculino de futebol dos Jogos Olímpicos de Pequim. A equipe de Dunga já havia vencido também seu amistoso anterior contra Cingapura, e se prepara para a estréia na chave de grupos da competição no dia 7, contra a Bélgica. No entanto, ainda há quem peça calma no que se refere às expectativas criadas para a seleção. Para o técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, ainda é cedo para dizer que a atual geração olímpica do Brasil é a melhor de todos os tempos ; o que poderia ser confirmado apenas com a conquista da inédita medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. ;Atrás, também se falava a mesma coisa, que tinha Robinho e era dita a melhor (geração). A melhor é a que ganha. Falar em termos de geração sem resultados? Só vai ser boa se ganhar as Olimpíadas. O craque tem que ganhar títulos, não basta ser bom jogador;, afirmou Muricy, em entrevista coletiva após o treino do Tricolor na tarde desta sexta-feira, no CT da Barra Funda. Ainda segundo Muricy, a apresentação do Brasil contra os vietnamitas não foi brilhante, mas serviu para que seu colega Dunga testasse seu time e entrosasse mais os jogadores. ;Acho que a colocação foi ótima. Não basta ter só bons jogadores: precisa ter conjunto. A seleção teve pouco tempo de preparação. A gente viu muito calo no time;, afirmou. O treinador tricolor ainda fez questão de dar seu apoio a Dunga e à seleção brasileira, rebatendo o argumento de que os testes estariam sendo feitos com seleções muito fracas antes da estréia olímpica. Segundo Muricy, os sparrings do Brasil seriam úteis para que os jogadores da seleção testassem jogadas, embora pouco possam servir de ameaça para a defesa. ;Você vê pelo menos a postura de seu time em campo, vê uma harmonia de bolas paradas. Não sei como eles usam na seleção. Qualquer rival, pra isso, é bastante importante;, disse o são-paulino. ;Fica um pouco a desejar o teste de ser um pouco mais atacado, levantar alguma bola alta. Acho que isso faltou um pouco mais no rival;, completou.

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