Jornal Correio Braziliense

Superesportes

Lago Paranoá é palco de competição de wakeboard

Brasília sediará hoje e amanhã duas disputas com a presença de grandes nomes do esporte

Pelo terceiro ano consecutivo, os amantes do wakeboard ; um misto de surfe, snowboard e skate ;, da capital federal e de outras regiões do país terão a chance de brilhar no Lago Paranoá, uma espécie de Havaí da modalidade. Eles disputam neste sábado e domingo (26 e 27/07), a partir de 8h, em frente ao Parque Vivencial da QL 2, na Península Norte, a segunda etapa do Circuito Regional e a 5ª etapa do Circuito Brasileiro. Os atletas inscritos começaram a treinar ontem, afinal, querem chegar o mais próximo da perfeição, quando executarem as manobras radicais puxados por uma lancha em alta velocidade. O brasiliense Felipe Miyamoto, 24 anos, cinco deles dedicados ao esporte, não perdeu tempo. Aproveitou o dia de sol e a falta de ventos para deslizar na raia onde será a prova. Terceiro colocado na quarta etapa do Brasileiro, em Manaus, Felipe espera mais um bom resultado. ;Vou tentar me concentrar para não cair e ter uma boa passada (apresentação). A idéia é fazer o maior número de manobras possíveis. O nível aqui vai ser alto. Entre meus principais adversários estão Luciano Rondineto, o Deco, Mário Manzoli, o Marito, e Luiz Fellipe Carvalho, o ET, este último de Brasília.; Felipe voltou ao Brasil há três meses, depois de passar uma temporada na Austrália, e espera fazer bonito na sua terra natal. Ele tem a favor o fato de estar em casa, conhecer bem a raia e ter o apoio da família e da torcida para chegar ao pódio. ;Passei um tempo fora para estudar inglês e treinava nas horas que tinha chance. Ainda assim, no final de 2007, consegui participar de um estadual, o Gold Coast de Wake, e fiquei em segundo lugar;, disse. Para o competidor candango, mesmo não tendo participado de todas as etapas do Brasileiro, as esperanças de terminar entre os 10 primeiros no final do circuito são grandes. Tudo vai depender do seu resultado, neste final de semana, e na etapa de São Paulo, em outubro. Felipe treina quatro horas diárias entre a água, a academia e a cama elástica. O atleta quer, em breve, garantir novos títulos, como os que já conquistou na categoria profissional: campeão mineiro, carioca e brasiliense. Na opinião da mineira Tereza Lobato, a Teca, 21 anos, primeira do ranking feminino open, competir em Brasília sempre é muito bom. Segundo ela, a raia é lisa e favorece a execução das manobras. ;Estou bem otimista. Com certeza, vou tentar ganhar e manter a minha posição. Claro que algumas meninas podem dar trabalho, como as paulistas Mariana Osmak, Gabriela Rondi e Camila Ortemblad.; Tereza (Ogio/Arnette/Reef/ Santa Maria/ Nigiori/Ponto do Açaí/Companhia Athletica) afirmou que tem treinado três vezes por semana, mesmo dividindo seu tempo com o trabalho de free lancer e os estudos na faculdade de jornalismo. Tradição Para Valberto Dantas, organizador do evento, finalmente o wakeboard tem firmado Brasília no eixo nacional. ;É uma dificuldade, mas estamos conseguindo. Entre outros problemas, a gente concorre com a praia, pois algumas cidades litorâneas sempre tentam puxar a nossa etapa;, lembrou. Na avaliação de Valberto, a competição tem sido um sucesso e pode reunir nos dois campeonatos um total de 70 atletas pelas categorias iniciante, intermediário, avançado, open, profissional, feminino open e feminino amador. O organizador afirma que a etapa regional tem servido para descobrir talentos, lapidar e lançá-los no Circuito Nacional. ;Também desenvolvemos um trabalho muito bom na Wakescola de Brasília. Lá a pessoa não precisa ter lancha e temos equipamentos para cada tipo de praticante. Atendemos todos os dias em qualquer horário. Os interessados também podem obter informações pelo site (wakebrasilia.com.br).;