Um percurso com 1.150 metros de extensão que mescla trechos de asfalto e de terra. Vai ser assim o formato da segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Supermoto, esporte que mistura elementos do motocross e da motovelocidade. O desafio nacional chega a Brasília pela primeira vez e a expectativa é de reunir pelo menos 50 pilotos do Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. A corrida, domingo, no Kartódromo Waltinho Ferrari, dentro do Autódromo Internacional Nelson Piquet, será às 13h, enquanto o treino classificatório está previsto para as 10h.
O público que gosta de adrenalina poderá vibrar na segunda etapa da competição com três categorias distintas: SM1 (motos 450cc), a SM2 (250cc) e motos nacionais (incentivo). Na prova principal, o destaque vem da própria capital federal. O piloto Rafael Fonseca, 23 anos, é o grande favorito. Além de campeão de supermoto em 2007, ele lidera até o momento o campeonato com 25 pontos. Mas Rafael garantiu que esta prova promete ser uma das mais técnicas. Seus principais adversários serão o mineiro Rômulo Bothel (equipe Husqvarna) e o paulista Marcel Sona, segundo e terceiro colocados, respectivamente.
;O circuito é bastante veloz com curvas de alta e baixa. Inclusive, estou ajudando a montar a parte de terra;, disse o jovem piloto, que tem muita experiência nesse tipo de piso. Afinal, começou a pilotar no motocross incentivado pelo pai Saulo Fonseca, aos 4 anos de idade. ;Conquistei 28 títulos brasileiros e brasilienses no motocross e ainda um vice-campeonato latino-americano. Mas, em 2004, meu pai sofreu um acidente de carro e tive de tocar suas empresas com minha mãe (Liliane), até ele se recuperar. Quando voltei, no ano seguinte, tive de escolher uma modalidade que exigisse menos progresso físico, pois continuei trabalhando.;
Rafael (Yamaha do Brasil/IMS/Polisport/Sidi/Shark/Podium Racing), afirmou que, ao contrário de 2005, hoje ele precisa treinar muito mais para se manter entre os três primeiros da categoria. Na sua avaliação, o esporte está começando a crescer e não dá para descuidar. ;Estou me esforçando para participar de um Mundial de Supermoto, na Europa, em outubro. Mas ainda dependo de verba, pois não é barato.;
O brasiliense, Amilcar Ribeiro, 30 anos, também espera garantir um bom resultado no final de semana, na supermoto SM2, que tem a liderança do paulista Rafael Paschoalin. Apesar de estar retornando às pistas nesta etapa ; ficou afastado devido um acidente na categoria 450cc ;, o piloto que começou há dois anos está bem otimista. ;Desta vez, estou vindo com uma moto 250cc até ganhar mais experiência. Mesmo assim, espero ficar entre os cinco primeiros colocados;, comentou Amilcar que largou o jet ski, com o qual foi campeão brasileiro por duas vezes.
Carlos Senise, presidente da Federação de Motociclismo do Distrito Federal (FMDF), confirmou que o Campeonato Brasileiro é apenas um dos três eventos nacionais que a cidade receberá este ano. Segundo ele, o fato de ter se tornado diretor nacional de motovelocidade e de supermoto da Confederação Brasileira de Motocislismo (CBM) ajudou a trazer as etapas para a capital. Em agosto, está marcada uma prova nacional de motovelocidade e em outubro, uma de cross-country. ;Não recebíamos uma competição deste porte aqui na cidade havia dois anos e será importante para desenvolver o esporte. O Supermoto contará com premiação em dinheiro e troféus.;