Jornal Correio Braziliense

Superesportes

Fifa obriga clubes a cederem atletas sub-23 para Pequim

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A Fifa oficializou nesta quinta-feira os critérios que envolvem a liberação de jogadores para o torneio de futebol masculino da Olimpíada de Pequim. Os clube são obrigados a ceder os atletas com menos de 23 anos para suas seleções, mas só precisam liberar se quiserem os jogadores que estão acima dessa idade. Diante disso, clubes como Werder Bremen e Schalke 04 não poderão cumprir as promessas de não permitirem a participação, respectivamente, do meia Diego e do lateral-direito Rafinha, ambos dentro do limite de idade. Assim, 15 dos 18 jogadores convocados estão assegurados. Quanto aos três jogadores acima do limite de idade, o problema maior deve ser em relação ao meia Ronaldinho Gaúcho, do Barcelona, já que o Real Madrid não deve criar problemas para liberar o atacante Robinho, que pode até trocar o clube pelo Chelsea de Luiz Felipe Scolari, e o Fluminense aprovou a convocação do zagueiro Thiago Silva, pois o jogador deve ser ainda mais valorizado. A Fifa vinha se mantendo alheia o em relação à questão e só interveio após a pressão dos times alemães, além do Barcelona, que além de Ronaldinho, queria segurar o atacante argentino Messi, que nasceu após 1.º de janeiro de 1985, data-limite para a convocação. A entidade foi sucinta e clara em seu posicionamento desta quinta "Devido à importância do torneio olímpico para o movimento esportivo em geral e para o futebol em particular, todos os clubes estão obrigados a ceder os jogadores menores de 23 anos", ordenou a Fifa, por meio de comunicado. "Este princípio se aplica aos Jogos de Pequim". A entidade também recomendou a cessão dos jogadores maiores de 23 anos em nome do "espírito olímpico". "A liberação desses jogadores não é obrigatória, segundo o regulamento da Fifa. No entanto, o Comitê Executivo da Fifa, na reunião de 14 de março, apelou para a solidariedade dos clubes, para que cedam estes atletas", recordou a entidade. Alguns clubes, porém, não se sensibilizaram com o apelo. O Milan não quis ceder Kaká e as duas primeiras opções de Dunga para a zaga, Lúcio e Juan, não foram liberados por Bayern de Munique e Roma, respectivamente.