O domingo não será especial apenas para alemães e espanhóis, cujas seleções decidem a Eurocopa, nesta tarde, às 15h45. Um brasileiro também aguarda com ansiedade a partida que poderá ser um divisor de águas em sua vida. Aos 32 anos, o volante Marcos Senna, paulista naturalizado espanhol, espera acabar de vez com todas as desconfianças que ainda cercam sua história na seleção da Espanha, ajudando o país a conquistar novamente um título europeu depois de 44 anos. O SporTV (Net e Sky) e a Record anunciam a transmissão.
;É o jogo mais importante da minha carreira. Eu sei que se a gente for campeão isso vai ter uma repercussão muito grande na minha vida;, afirma o brasileiro, considerado pela imprensa européia um dos destaques da Eurocopa.
Só que a parada promete ser duríssima. A Fúria encara a sempre favorita Alemanha. Em sua sexta decisão de Eurocopa ; três delas foram como Alemanha Ocidental ;, os germânicos buscam o tetracampeonato continental e o status definitivo de maior potência do futebol europeu.
E para piorar, o técnico Luis Aragonés não poderá contar com o atacante David Villa, artilheiro da Eurocopa com quatro gols. Ele sofreu uma distensão na coxa direita e está vetado. O substituto, pelo menos, dá confiança a todos. Cesc Fábregas, do Arsenal, tem saído do banco de reservas e mostrado serviço.
Na Alemanha, a novidade será a volta do meia Frings. O jogador quebrou uma das costelas na vitória sobre a Áustria e, desde então, tem sido poupado. Contra a Turquia, Frings entrou no segundo tempo e nada sentiu. De uma forma tipicamente alemã, o time dos astros Ballack e Klose acabou com o sonho de Portugal, de Felipão, e ainda despachou os heróicos turcos. ;Não estivemos sempre no nível mais alto. Mas estamos na final e é isso que conta. Vamos encarar o melhor time da competição;, analisou o técnico alemão Joachim Löw.
E para vencer a Espanha, a seleção da Alemanha espera contar com a boa fase de Ballack. O jogador tem sido um dos principais nomes da seleção germânica. Só que o meia do Chelsea sentiu uma fisgada na coxa direita, não participou do treino de ontem e virou dúvida para a decisão, conforme garantiu a Federação Alemã de Futebol.
Se estiver em campo, Ballack vai precisar superar um trauma: o de nunca ter ganhado um título internacional pela Alemanha. E ele sabe que pode ser sua última chance. Em seu currículo tem um terceiro (2006) e um segundo (2002) lugares em copas do mundo. Com o Chelsea, o camisa 13 ficou com o vice-campeonato da Liga dos Campeões neste ano. ;Precisamos jogar com inteligência. A Espanha mostrou durante toda a competição que é favorita. Sabemos da nossa força e temos totais condições de conquistar o título;, comentou Ballack.