Jornal Correio Braziliense

Superesportes

1958 - (2ª parte) - O outro lado

Lamento sueco

O nome Kurt Hamrin é praticamente desconhecido no Brasil. Mas esse sueco, hoje com 74 anos, enfrentou a Seleção Brasileira na final da Copa do Mundo de 1958. Ele se lembra com clareza daquele torneio. "Tínhamos um ótimo time", conta o ex-ponta-direita, que esteve em Brasília para participar da semana de homenagem aos campeões mundiais, encerrada neste sábado (28/06). Hamrin cita alguns dos jogadores importantes da Suécia na decisão, como o meia Gunar Gren e os atacantes Agne Simonsson e Lennart Skoglund. Ele admite que sua equipe não se apresentou bem na final: "Demos muita liberdade ao Brasil". A fama de Hamrin ultrapassa as fronteiras da Suécia. Ele é um dos melhores atacantes da história do Campeonato Italiano. Chegou à Itália em 1956, após sair do AIK. Foi para a Juventus, passou pelo pequeno Padova e permaneceu durante nove anos na Fiorentina. Também defendeu Milan e Napoli, até encerrar a carreira em 1971. Ele atuou pela Seleção Sueca de 1953 a 1965. O atacante, que vive em Florença, perdeu o prazer em acompanhar o futebol: "Antes, o jogo era muito interessante. Agora, é tudo muito mais rápido e não gosto das partidas".