A tocha olímpica percorreu neste sábado as ruas de Lhasa, a capital do Tibete, sem nenhum incidente - em grande parte graças ao total controle que a polícia manteve sobre o evento. Toda a área ao redor do percurso do símbolo olímpico foi fechada e apenas pessoas previamente credenciadas puderam assistir a passagem.
Os monges que realizaram protestos pacíficos há três meses estão confinados nos milhares de mosteiros da região, enquanto centenas de acusados de terem participado de manifestações violentas no dia 14 de março continuam detidos.
Centenas de policiais ocuparam as ruas da capital tibetana e o público que saudou a passagem do símbolo olímpico era bem menor que o de outras cidades chinesas. Segundo agências de notícias internacionais, com exceção dos credenciados e das forças de segurança, as ruas da cidade estavam desertas e as lojas, fechadas.
O governo chinês suspendeu momentaneamente a proibição para que jornalistas entrem na região e permitiu que 30 veículos de comunicação de diferentes partes do mundo cobrissem o evento. Mas os repórteres só tiveram acesso aos locais de partida e de chegada da tocha e não puderam acompanhar seu trajeto pela cidade.
O símbolo olímpico saiu do antigo Palácio de verão do dalai lama Norbulingka, e chegou ao Palácio Potala, onde o líder religioso viveu até 1959, quando foi obrigado a se exilar na Índia depois de um levante fracassado de tibetanos contra a China. A próxima parada da tocha é Qinghai, na fronteira com o Tibete, onde também houve protestos contra a China em março.