Principal astro presente ao evento promovido pela Adidas na manhã desta sexta-feira no estádio do Pacaembu, o meia Kaká, do Milan, concedeu uma rápida entrevista coletiva e, nas cinco perguntas que respondeu, falou basicamente sobre um assunto: sua presença nas Olimpíadas de Pequim. O jogador voltou a ressaltar seu desejo de ajudar a seleção brasileira a conquistar a inédita medalha de ouro no futebol masculino, mas, bem instruído, evitou polemizar com seu clube, que insiste em não liberá-lo para a disputa dos Jogos na China.
"Eu já expressei publicamente o meu desejo para o mundo inteiro e já conversei com a diretoria do Milan sobre a minha vontade de jogar as Olimpíadas, mas eles têm todo o direito perante à Fifa de não me liberar", discursou Kaká, repetindo o que já era sabido há muito tempo. O jogador também não quis entrar em rota de colisão com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, após saber que o cartola havia "convocado" Ronaldinho Gaúcho para a seleção brasileira que irá tentar o ouro na China em uma entrevista concedida a uma emissora de televisão.
"Estão querendo fazer comparações entre o caso do Ronaldinho Gaúcho e o meu, mas não tem nada a ver. Ele está vivendo um momento complicado, sem saber onde irá jogar, e eu já deixei bem claro que quero ir, mas, infelizmente, não depende mais de mim", reforçou. Kaká procurou evitar polêmica também quando questionado sobre o relacionamento com o técnico da seleção brasileira, quando questionado sobre a insatisfação de Dunga com sua cirurgia no joelho, realizada no último dia 23 de maio, e que o tirou das partidas contra Paraguai e Argentina.
"A cirurgia não era uma opção, e sim uma necessidade. Não tenho qualquer problema com o Dunga e sempre que há um problema eu telefono para ele e resolvemos. Amo a seleção brasileira e todas as vezes que for possível eu quero defendê-la", finalizou.