Joanna Maranhão e o técnico Eugênio Miranda trocaram acusações, nesta quarta-feira. A nadadora divulgou carta contando detalhes do abuso sexual, que afirma ter sido vítima, e o chama de pedófilo e doente. Miranda respondeu as acusações, disse que é vítima e pediu para que a vida de Joanna seja investigada. A carta de Joanna Maranhão seria lida na audiência que terminou não sendo realizada porque o processo de difamação impetrado por Miranda contra a nadadora e sua mãe, Teresinha Maranhão, foi suspenso por se basear na Lei de Imprensa - cuja constitucionalidade está sendo questionada judicialmente. O Supremo Tribunal Federal decidiu, liminarmente, suspender todos os processos em andamento baseados nesta Lei.
"O fato dele ter me despido na cama da própria esposa e ter me bolinado enquanto eu chorava e pedia para ele parar ainda é um fato que me enoja e me dói, mas isso não me derrotou", afirma Joanna na carta. "Pedofilia é uma doença e é triste que um homem não tenha tido a capacidade de se controlar diante de uma criança", completa a nadadora, que treina na Espanha para a Olimpíada de Pequim.
Em sua defesa, Miranda afirma que nunca foi acusado em sua carreira. "Sempre lidei com crianças e adolescentes, sem que jamais tivesse havido, antes, qualquer reclamação a respeito da minha conduta". O treinador também acusou Joanna de ser uma pessoa problemática. "Seria importante também uma apuração da vida de Joanna Maranhão quando então se poderá constatar que se trata de pessoa de difícil relacionamento pessoal, atritando-se facilmente com todos que estejam em sua volta"
Miranda afirma ainda que enfrenta problemas em sua vida pessoal. "Joana Maranhão me jogou na lama e, ainda não satisfeita, continua tripudiando sobre a minha pessoa. Isso é desumano".