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São Paulo despacha Nacional e encontra Fluminense nas quartas

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O São Paulo deu um presente aos seus torcedores que enfrentaram um incômodo frio no estádio do Morumbi e garantiu a classificação para as quartas-de-final da Taça Libertadores da América. Na noite desta quarta-feira, o Tricolor passou pelo Nacional, do Uruguai, por 2 x 0.

Além de contar com a presença de mais de 42 mil são-paulinos, o São Paulo entrou em campo com a vantagem do empate sem gols no jogo de ida em Montevidéu, na semana passada. Contra o Tricolor, estava a ausência do meia Jorge Wagner, seu principal assistente no ano, vetado pelo departamento médico.

Na próxima etapa da Libertadores, o São Paulo parte para um desafio caseiro. O time paulista faz duas partidas contra o Fluminense, que teve a melhor campanha na fase de classificação e despachou o Atlético Nacional, da Colômbia, nas oitavas-de-final. O primeiro confronto, na semana que vem, acontece no Morumbi.

O jogo

A temperatura era fria na capital paulista, mas a decisão no Morumbi começou quente. Com a igualdade sem gols no jogo de ida, as duas equipes buscaram o ataque no começo. Bem postado, o Nacional apostou na velocidade e nas bolas aéreas em direção do centroavante Richard Morales. O São Paulo respondia com um bom toque de bola e chutes de longa distância.

Aos 18 minutos, o São Paulo conseguiu furar a boa marcação adversária. Hugo recebeu na esquerda e bateu cruzado. No segundo pau, o oportunista Adriano completou para as redes, mas o árbitro Héctor Baldassi apontou impedimento do Imperador.

A partir daí, o jogo continuou equilibrado, mas sem chances de gol. O São Paulo tinha maior posse de bola e encontrava dificuldades na armação das jogadas. Já a tática do Nacional era atuar no erro do adversário e ganhar o máximo de tempo nas cobranças de falta, tiro de meta e lateral.

Aos 33 minutos, quando a torcida já demonstrava nervosismo, o São Paulo acordou. Hernanes fez o levantamento da meia direita para a cabeçada de Adriano. Bem posicionado, o goleiro Viera operou um milagre no canto direito e salvou o Nacional.

Pouco antes do intervalo, o torcedor são-paulino pôde tirar o grito de gol da garganta. Aos 37 minutos, Adriano aproveitou cruzamento rasteiro da esquerda de Éder Luís e, dentro da pequena área, concluiu sem qualquer chance de defesa para o arqueiro adversário.

Na etapa complementar, a situação do Nacional ainda mais complicada. Com somente um minuto, Caballero cometeu falta dura em Richarlyson no lado esquerdo e acabou expulso de campo. Mesmo em desvantagem numérica, o Nacional continuou atacando e criando perigo para Rogério Ceni.

Consciente da dificuldade de sua equipe armar os contra-ataques, Muricy Ramalho promoveu a entrada de Dagoberto na vaga de Éder Luís. Pouco depois, o Nacional partiu para o desespero com as entradas de Ligüera e Vera.

No final, o torcedor são-paulino ainda passou sufoco. A equipe paulista tinha dificuldades em armar os contra-ataques e ainda sofria algumas investidas do Nacional. Mesmo assim, ainda houve tempo do segundo. Dagoberto definiu o marcador, aos 43 minutos, com um chute de perna direita.

FICHA TÉCNICA - SÃO PAULO-BRA 2 X 0 NACIONAL-URU


Local:
Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 07 de maio de 2008, quarta-feira
Horário: 21h50 (de Brasília)
Renda: R$ 1.065.034,00
Público: 42.054 pagantes
Árbitro: Héctor Baldassi (ARG)
Assistentes: Francisco Rocchio e Roberto Reta (ambos argentinos)
Cartões amarelos: Javier Morales (Nac), Zé Luis (SP) e Alex Silva (SP)
Cartões vermelhos: Caballero (Nac)
Gols:

SÃO PAULO:
Adriano, aos 37 minutos do primeiro tempo; Dagoberto, aos 43 minutos do segundo tempo.


SÃO PAULO:
Rogério Ceni; Éder, Alex Silva, Miranda e Richarlyson; Zé Luis, Hernanes, Éder Luís (Dagoberto) e Hugo (Júnior); Borges (Fábio Santos) e Adriano
Técnico: Muricy Ramalho.


NACIONAL-URU:
Viera; Caballero, Victorino, Barone e Romero; Cardaccio (Ligüera), Javier Morales, Arismendi e Bertolo; Fornaroli e Richard Morales (Vera) .
Técnico: Gerardo Pelusso