Duas semanas após conquistar uma suada vitória sobre o Cúcuta e superar a fase de grupos da Taça Libertadores da América, o Santos reencontrará os colombianos às 20h45 (de Brasília) desta quinta-feira, na Vila Belmiro, agora pelas oitavas-de-final.
A preocupação, mais uma vez, é com o forte sistema defensivo do adversário. "Se eles já vieram com uma postura de antijogo e marcação quando estavam classificados e sem necessidade de conseguir um resultado, agora com certeza ela será redobrada. A principal estratégia deles é jogar nos erros do Santos", apostou o técnico Emerson Leão, em previsão repetida por quase todos os seus comandados durante a semana.
O meia Maurício Molina, que superou lesões no nariz e na coxa direita (sofridas justamente contra o Cúcuta) para estar em campo nesta quinta, endossa o discurso com a propriedade de quem é colombiano e trabalhou com o técnico Pedro Sarmiento no Independiente de Medellín. "O Cúcuta se assemelha muito ao Once Caldas de 2004, com um técnico que privilegia a marcação, com duas linhas de quatro. Será difícil marcar gols", afirmou.
Já o zagueiro Fabão é um dos poucos do elenco do Santos que ficam mais inquietos com os jogadores de ataque do Cúcuta do que com os de defesa. O veterano lembra que o regulamento da Libertadores aponta os gols marcados fora de casa como critério de desempate no mata-mata. "Eles vão marcar forte, mas não podemos ser vazados na Vila. Sair com 1 x 0 ou 2 x 0 será bom. Até o 0 a 0 está de bom tamanho", disse.
Nesta quinta-feira, o companheiro de defesa de Fabão será o jovem Marcelo (Domingos está suspenso), inscrito na Libertadores no lugar de Adaílton, que se recupera de cirurgia no joelho. Por sua vez, o também zagueiro Betão jogará novamente improvisado na lateral direita. "Escolhi assim porque ele é mais experiente e simples", explicou Leão.
Betão, aliás, terá missão importante no plano do treinador para furar o bloqueio defensivo do Cúcuta. A idéia é proteger a defesa com o ;falso lateral-direito;, conforme definiu Fabão, e liberar Kléber para atacar pela esquerda. "Vou tentar ajudar de todas as formas, mas o Kléber tem mais facilidade para avançar. Os gols podem sair em jogadas pelas pontas, como na partida passada", vislumbrou Betão.
Ainda há mais uma novidade na equipe do Santos. Contratado junto ao Juventus na semana passada, o atacante Lima já estreará como titular no mata-mata da Libertadores. E, como brasileiros e colombianos se conhecem do empate por 0 x 0 e da vitória santista por 2 x 1 na primeira fase, ele espera ser o fator surpresa do reencontro. "O Cúcuta não me conhece, então posso ser a arma secreta nesse jogo decisivo", avisou.
Mas o Cúcuta também estará reforçado em relação à última partida com o Santos. Um dos jogadores poupados por Pedro Sarmiento na ocasião, o goleador Matías Urbano tem presença garantida na Vila Belmiro. Quem ficará novamente à disposição é o também atacante Lionard Pajoy, depois de cumprir seis meses de suspensão por doping.
FICHA TÉCNICA - SANTOS-BRA X CÚCUTA-COL
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos (SP)
Data: 1; de maio de 2008, quinta-feira
Horário: 20h45 (de Brasília)
Árbitro: Marco Rodríguez (México)
Assistentes: José Camargo e Arturo Velázquez (ambos do México)
SANTOS-BRA: Fábio Costa; Betão, Fabão, Marcelo e Kléber; Marcinho Guerreiro, Rodrigo Souto e Molina; Wesley, Kléber Pereira e Lima. Técnico: Emerson Leão
CÚCUTA-COL: Leandro Castellanos; Elvis González, Pedro Portocarrero, Flavio Córdoba e Elvis Rivas; Charles Castro, James Castro, William Zapata e Macnelly Torres; Diego Cabrera e Matías Urbano. Técnico: Pedro Sarmiento