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Dramas médicos

Gênero celebrado na televisão ganha força em tempos de valorização dos profissionais da Saúde. Conheça séries ficcionais que mostram o dia a dia em hospitais

Em meio a pandemia do novo coronavírus, a medicina e os profissionais de Saúde passaram a ser novamente valorizados. O esforço dos médicos, dos enfermeiros e das equipes têm sido constantemente reconhecidos e até homenageados pela população mundial, com vídeos, momentos de aplauso, publicações nas redes sociais, entre outros.

No mundo televisivo, a medicina sempre teve um espaço garantido. As produções seriadas médicas são um gênero bastante celebrado entre os “seriemaníacos”. Basta lembrar de sucessos como ER — Plantão médico e House, ambas já finalizadas, e até o hit Grey’s anatomy, no ar há 16 temporadas nas telinhas.

Como forma de celebrar os profissionais de saúde que tanto lutam no combate à Covid-19, o Correio separou três séries que mostram o esforço de médicos e enfermeiros em diferentes situações. Duas das tramas indicadas são brasileiras e se inspiram em situações reais do Brasil. Enquanto a terceira se passa nos Estados Unidos e mostra resoluções de casos clínicos de forma surpreendente.



Unidade básica
Quase que dialogando com o momento atual, o primeiro grande drama da segunda temporada de Unidade Básica, série do canal Universal que estreia hoje a nova leva de episódios na faixa das 23h, é uma potencial epidemia de tuberculose em uma ocupação irregular em São Paulo.

A doença infecciosa que atinge os pulmões se torna na preocupação dos médicos protagonistas da trama Paulo (Caco Ciocler) e Laura (Ana Petta), que precisam lidar com os desafios da medicina feita no cenário público e em uma situação sem aval burocrático.

Conflitos como esse são comuns à produção desde a primeira temporada, por retratar o dia a dia de uma Unidade Básica brasileira. A história tem uma médica na criação. É a infectologista Helena Petta, irmã da protagonista que também é cocriadora. Durante a trajetória na medicina, Helena atuou na atenção primária de saúde em Campinas (SP).

Na segunda temporada, a série ainda abordará temas como violência doméstica, questões de gênero, medicina preventiva e aborto. A sequência tem ainda Caco Ciocler se dividindo entre a atuação e a direção, até por isso demorou para chegar após o lançamento da primeira temporada. Na época que a segunda temporada foi confirmada, Caco estava no ar em Segundo sol.

Uma terceira temporada está confirmada e as irmãs Petta devem incluir no roteiro o início da pandemia do novo coronavírus.



The good doctor
Fenômeno no Brasil e no mundo, a série estreia amanhã, às 21h, a segunda temporada no canal Sony — também está disponível no Globoplay, serviço on demand da Globo. A atração gira em torno de Shaun Murphy (Freddie Highmore), um jovem médico com autismo que tem métodos excêntricos para ajudar os pacientes em um famoso hospital.

A estreia da segunda temporada de The good doctor, assim como Unidade Básica, casa com o momento atual. Os personagens estarão confinados no hospital para evitar o alastramento de uma tragédia. Porém, nem tudo será apenas drama e sofrimento. A sequência traz também muito romance e relacionamentos secretos e improváveis.



Sob pressão
Melhor série médica nacional, Sob pressão tem três temporadas — todas disponíveis no Globoplay — e uma indicação ao Emmy Internacional de melhor atriz para Marjorie Estiano. Ela vive a médica Carolina, esposa e colega de trabalho de Evandro (Julio Andrade). Os dois são os protagonistas de uma verdadeira guerra pelo acesso à saúde pública de qualidade no Brasil. A série de Jorge Furtado mostra, de uma forma crítica, o dia a dia dos dois e da equipe de médicos para atender da melhor forma possível os pacientes de um hospital localizado perto de uma comunidade carioca.

Cada episódio conta com dois ou três casos, sempre discutidos de forma humana. Em meio a isso estão dramas da vida pessoal dos médicos, como o casamento dos protagonistas ou a sexualidade de Décio (Bruno Garcia).

Nas três temporadas, os médicos têm que driblar mais do que os obstáculos da rede de saúde — fazendo gambiarras para suprir a falta de equipamentos básicos, por exemplo. Eles também enfrentam corrupção, ganância e violência, entre outras coisas. Sob a direção de Andrucha Waddington, o elenco ainda traz Stepan Nercessian, Orã Figueiredo, Josie Castelo e Pablo Sanábio, entre outros. Fernanda Torres está na segunda temporada e Drica de Moraes, na terceira.