Nariz entupido, coriza, espirros frequentes e um mal estar que parece sumir quando chega o final do expediente ou quando você resolve sair de casa. Cuidado! Esses são sintomas característicos da Síndrome do Edifício Doente (SED).
Reconhecida desde de 1982 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um conjunto de doenças provocadas pela proliferação de microorganismos infecciosos e partículas químicas em prédios fechados, a condição está diretamente ligada a fatores como falta de higienização e manutenção no sistema de ar-condicionado, prédios como iluminação precária e ventilação pobre.
Náuseas, vômito, dor de cabeça e mal-estar são alguns do sintomas mais comuns à SED e costumam passar quando a pessoa deixa o local. Por isso, os médicos geralmente demoram para fazer a associação do local com o sintomas do indivíduo, já que apenas quando outras pessoas que frequentam o local começam a se queixar das mesmas coisas é que a síndrome é cogitada.
Em pacientes sem nenhum problema respiratório ou alérgico prévio, a dra. Marly Marques da Rocha airma que os sintomas são apenas irritativos, como coceira nos olhos, nariz e garganta. “Já em quem está com baixa imunidade ou tem doença pré-existente, a exposição a esse local pode ser um fator complicador”, observa.
A especialista alerta que apesar de a síndrome do edifício doente não provocar diretamente nenhuma doença específica, ela abre passagem para infecções bacterianas ou virais e para doenças respiratórias, tais como bronquite, asma ou até pneumonia.
* Estagiária sob supervisão de Taís Braga