Revista

Diversidade candanga

Um dos maiores biomas do território brasileiro, o cerrado também é berço de importantes bacias hidrográficas e ampla biodiversidade. Essas características dão ao cerrado grande importância social, uma vez que muitas populações sobrevivem de seus recursos naturais.

No Distrito Federal, a diversidade da flora é notável. Segundo informações da Novacap, a estimativa é de que existem 5 milhões de árvores plantadas em todo distrito, sendo 15%, aproximadamente, frutíferas e facilmente encontradas no Parque da Cidade, nos canteiros centrais ao longo do Eixo Rodoviário Sul e Norte e, no Campus da Universidade de Brasília (UnB).

Nem todas as árvores frutíferas da região são nativas do bioma, mas as cagaiterias, pequizeiros, jatobazeiros, árvores de baru também integram a paisagem urbana.

O biólogo Marcelo Kuhlmann se dedica ao estudo do cerrado e reuniu as espécies que considera mais saborosas e com maior potencial para exploração econômica. Além das citadas anteriormente, ele destaca como frutos populares: “murici, mangaba, araçá, cajuzinho, gabiroba, buriti, jenipapo, a macaúba, o babaçu, o cajazinho, a pimenta-de-macaco, o coquinho-azedo, a mutamba, pitomba e diversos maracujás”.

Kuhlmann explica que, como o clima é marcado por duas estações bem definidas, seca e chuvosa, a produção de frutos é sazonal. O pequi, por exemplo, amadurece os frutos do meio para o final da estação chuvosa. Já o jatobá, no meio da estação seca.

Porém, a maioria dos frutos com polpa carnosa e comestível amadurece no início da estação chuvosa, entre os meses de outubro e dezembro, que coincide com a primavera. “Pode-se dizer que a primavera, no cerrado, é a estação dos frutos e das flores”, avalia o biólogo.