Correio Braziliense
postado em 05/04/2020 04:28
Despreocupado, natural e elegante. Essa é a vibe do French Bob, corte que tem inspiração no ideal francês de uma sofisticação sem esforço e foi febre nos anos 1920, que ficou marcado como os anos loucos, quando as mulheres foram à luta e tomaram a frente de diversas atividades profissionais impulsionadas pelo fim da Primeira Grande Guerra e a euforia da libertação. É o corte ideal para quem deseja chamar mais atenção ao rosto, a nova tendência em corte é a mistura exata entre o clássico e o despojado e confere muita personalidade a quem o adota.
O comprimento atinge a altura da mandíbula para deixar a nuca mais exposta, uma característica marcante. O visual é finalizado com uma franja densa que, na maioria das vezes, termina antes das sobrancelhas. “A frente pode ser levemente mais alongada, e as pontas são repicadas por dentro para que a base continue reta, mas ao mesmo tempo tenha balanço e leveza”, explica Armando Bessa, hair stylist e especialista em visagismo 3D.
Apesar de a referência vir do início do século passado, o profissional destaca que o corte é carregado de atemporalidade, passando por diversos revivals no decorrer das décadas, em especial as de 1960 e 1970. Além disso, Bessa destaca a versatilidade para os diferentes tipos de rosto, especialmente para quem deseja melhor harmonia facial, já que a combinação franja mais curtinha cria uma moldura e valoriza o olhar.
A forma como o corte vai se moldar ao rosto depende da técnica visagista que o profissional utilizará. Hair stylist, Eliane Pavini diz que, além do desejo das clientes, cabe ao profissional que está realizando o corte definir o que fica bem para determinado tipo de rosto. “Se o rosto é mais delicado, pode usar qualquer tipo de corte, o que inclui o French Bob com franja ou sem franja”, explica.
Em rostos mais cheios, o cuidado deve ser com o corte da franja, um corte mais lateral ou com a frente do cabelo um pouco mais longa, pois evitam que o formato arredondado se acentue. Sendo assim, não há restrições porque o leque de versões o torna adaptativo e democrático, garante Eliane.
É mais comum ver o French Bob entre mulheres com madeixas lisas, mas isso não quer dizer que os cabelos cacheados não possam apostar nesse visual mais sofisticado. Eliane Pavini ressalta apenas que para texturas cacheadas, é necessário aplicar uma boa técnica de contenção de volume, já que esse tipo de cabelo tende a encolher e armar mais na parte de cima. “Se for muito ondulado, ele tem de ter um leve repicado nas pontas ou apenas repicado em cima”, alerta.
Quanto à finalização, o French Bob pode ser usado de várias formas: bagunçado, com um babyliss despojado, escovado ou com mousse que confere textura. Pode-se usar um mousse, um fixador ou sprays — para ficar mais moderninho ou com cara de quem acabou de sair da praia. A chapinha também pode ser uma aliada neste corte, deixando os fios bem retos. Porém, é preciso cuidado como os excessos. Quanto mais “leve” for a finalização do corte, mais elegante ele fica.
Por ser mais curto, o corte tende a ter uma duração um pouco menor. O recomendado pelos profissionais, para manter sempre o corte, é refazê-lo a cada 40 dias, pois os fios têm crescimento mais perceptível no French Bob.
Cheio de estilo
Apesar do French Bob ser mais curto, é possível apostar em penteados. Na proposta da influenciadora Maria Eduarda, o lenço é usado para dar estrutura ao coque e acrescentar um toque de estilo.
Quem não curte o visual preso pode abusar de acessórios para incrementar a produção. O French Bob combina bem com chapéus e boinas.
Acessórios de cabelo ajudam a dar uma nova cara ao corte. Principalmente para quem quer prender a franja temporariamente.
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