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Confira os modelos mais usados e como combinar os bonés

Tendo mais de um século de idade, essa peça cada vez mais dá uma nova opção de melhorar o visual

Com vários formatos e cores que podem combinar com roupas, colares e brincos, o boné é capaz de deixar o look mais estiloso e autêntico — além de ajudar a proteger a cabeça e os olhos dos raios solares. “É uma peça que não é de agora, mas que passa até hoje por várias transformações, como aba reta, curta e curvada”, explica a personal stylist Rose Cordeiro.

Qualquer pessoa pode usar esse acessório, que deixou de ser uma exclusividade dos estilos esportivo ou o básico. “Ele transita em vários visuais, desde o clássico até o mais criativo. Nos subestilos chamados swag (jovial, ousado e com elementos do hip-hop), usa-se muito os de aba reta e bem coloridos”, exemplifica.

Caso queira colocar na cabeça algo mais clássico, é possível adotar o up dad. “É o ‘boné do papai’. Ele é chamado assim porque tem abas mais curvas. Tradicional, é mais altinho e o cumprimento não encaixa totalmente na cabeça”, explica Rose.

 
Para ela, independentemente do estilo, o boné cai bem, mas é preciso ter cuidado de como combiná-lo com o tipo de vestimenta. “O ideal é pensar no conjunto como um todo, olhar as cores e as peças. Às vezes, dependendo da peça, pode trazer um contraste oposto com o restante do look”, diz. “Se você está de terno, por exemplo, não vai colocar um boné, a menos que tenha que sair no Sol. Então, pode optar por um mais clássico, de cor neutra, e, quando chegar ao evento ou à reunião, tirá-lo.”

Use sem excesso

Tiffany Luiza, 21 anos, usa bonés desde pequena. “Eles complementam o meu estilo e protegem o rosto do sol forte”, afirma. A fotógrafa aposta em cores neutras, mas com alguma informação, como ícones ou símbolos. “Geralmente, é um nome de uma marca ou algum desenho. A cor é sempre preta, com formato de aba curva, porque combina mais ultimamente comigo”, observa.

A jovem explica que tem alguns cuidados para usar a peça. “Não utilizo com cabelos molhados e nem todos os dias. Também tem sido muito útil na minha transição capilar, para disfarçar diferentes texturas de fios e é muito confortável quando estou de tranças”, diz ela.

Estilo à parte, a utilização desse acessório com muita frequência e por muitas horas pode afetar o couro cabeludo. “Pode causar dermatite seborreica, caspas e eczemas, pois o boné abafa a cabeça e o cabelo e, por consequência, produz mais oleosidade e aumenta as chances de proliferação de fungos”, explica a cabeleireira Claudia Pavin, do Estúdio Pavin.

Pessoas com problemas de crescimento capilar podem piorar o quadro com o uso. “Além das doenças, qualquer outro acessório na cabeça muito apertado faz com que a tração nos fios potencialize a queda capilar. Também deve ter muito cuidado com a higienização”, afirma.

Segundo o dermatologista Bruno Burato, o uso incorreto pode danificar e trazer complicações aos fios. “Os bonés com fitas metálicas ou tecidos sintéticos são os piores, pois podem agredir a pele”, diz. Ele alerta ainda que emprestar a peça é um risco para a proliferação de doenças, como a tinea no couro cabeludo. “A enfermidade se caracteriza pela presença de fungos altamente resistentes, além de foliculites, caso haja alguma bactéria mais resistente”, avisa. O tratamento inclui medicamentos antimicóticos tomados por via oral e, para crianças, creme antimicótico e xampu de sulfeto de selênio.

*Estagiária sob supervisão de Sibele Negromonte
 


Reprodução/Instagram -
Reprodução/Instagram -
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