Revista

De Brasília para o mundo



Uma marca de biquínis acessível que vendesse peças avulsas para o cliente montar seu próprio conjunto. Essa foi a ideia de Tatiana Fernandes ao fundar a Arpa Bikineria, em 2011. “Naquela época era muito difícil comprar biquíni em Brasília porque só existiam as marcas famosas no shopping”, relembra.

De lá para cá, foram muitos aprendizados. A loja nasceu com intuito de ser apenas e-commerce e esse já seria o primeiro desafio a enfrentar. Poucas pessoas confiavam nas compras por computador, então as vendas passaram a ser para amigas, familiares, pessoas próximas. No boca a boca, a marca foi crescendo no cenário candango. “Novas clientes foram agendando horário para experimentar os produtos na minha casa”, afirma.

Em 2012, a Arpa começou a vender para o mercado internacional, pois, segundo Tatiana, esse público estava mais habituado às compras na internet. E a marca crescia mais fora do que no próprio Brasil. Apenas em 2013 os cenários começaram a se igualar e as vendas virtuais e físicas viraram rotina aqui também.

Além dos desafios que fazem parte do processo de fundar uma loja, alguns dilemas e privilégios enfrentados são exclusivos para quem resolve se aventurar no mercado de moda praia candango. “Brasília não tem indústria, tudo vem de fora, por isso o material e a mão de obra são mais caros e escassos do que nas cidades com mais oferta e procura. Por outro lado, é possível trabalhar com fornecedores de todo o país.”

Criação constante
Hoje, a marca que busca transmitir liberdade, autenticidade e a possibilidade de a cliente criar de acordo com suas preferências. Trabalha com coleções cápsulas, de duração mensal, para oferecer sempre novidade. “Fazemos estudo de tendências mundiais, do gosto brasileiro e, claro, levamos em consideração o feedback das clientes para produzir a nova coleção. Todo o material é decidido pela marca, desde a cor da linha até o design a ser produzido”.

Depois de prontas, as peças são distribuídas para as lojas colaborativas parceiras e disponibilizadas na loja virtual e nas redes sociais para quem mora em outros estados e deseja aproveitar a praia com um modelo Arpa Bikineria.

Desenvolver biquínis em uma cidade não litorânea reservou para a estilista um caminho com curvas inesperadas e alguns sucessos. “Eu amo viajar para a praia, ficar na piscina e estar sempre no Sol. Nesses momentos, ninguém merece um biquíni desconfortável, um acessório que pode quebrar ou uma peça que dure pouco tempo, então busco valorizar os momentos de prazer em cada coleção e produzir algo prático, que não vá chatear em nada.”