Por Marcella Freitas*
postado em 25/08/2019 08:00
Há uma frase que diz: ;O lar é onde o seu coração está;. E muito mais do que o lugar para o qual se retorna depois de um dia cheio no trabalho, a casa é sinônimo de aconchego, porto seguro e lugar de paz. O local é perfeito para reunir à família, receber amigos e criar memórias.
Entre as especializações do ramo da arquitetura, há um segmento que busca promover ambientes acolhedores que levem em consideração os sentimentos e as percepções humanas: a arquitetura sensorial. Em um projeto focado dessa maneira, cada cantinho consegue carregar um toque único e especial, trazendo mais aconchego para o lar.
;A arquitetura sensorial diz respeito a algo que é sentido e, em alguns casos, palpável. Ela pode ser definida como a maneira de usar todos os sentidos para obter um espaço que o arquiteto tenha projetado para ser algo além do estético;, define a arquiteta Denise Barretto.
A sinestésica, capaz de despertar sensações, é responsável pela junção de diferentes sentidos, como audição, visão, paladar, olfato e visão. ;É possível dizer que a arquitetura sensorial envolve a criação de espaços ou produtos que possam ser experimentados por pessoas. É a arte de criar emoções;, resume a arquiteta Heloísa Dallari, professora da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap).
Com a vida atarefada e as jornadas de trabalho cada vez mais longas, foi amplificada a necessidade de tornar os espaços mais acolhedores. De acordo com Denise Barretto, essa tendência tem crescido não somente em projetos de casas e apartamentos, mas também em ambientes corporativos. ;Por muito tempo, a arquitetura andou se preocupando com edifícios, condomínios residenciais em grande escala, escolas e afins. Mas, em determinado momento, sentiu a necessidade de um ponto focal, de direcionar a construção de espaços voltados para o indivíduo;, observa a arquiteta.
O segredo está na atenção dada aos detalhes. Uma luminária, uma manta felpuda no sofá ou até mesmo uma vela aromática podem transformar um ambiente. ;Antes mesmo de tocarmos em algo, já temos um palpite de como esse objeto é ; se é quente, frio, aveludado, áspero. E, desde a temperatura até a iluminação, a maneira como está projetado contribui para a percepção das pessoas;, afirma Heloísa Dallari.
A Revista separou algumas inspirações para adicionar o charme que estava faltando para o seu projeto, seja em casa, seja no escritório.
*Estagiária sob supervisão de Sibele Negromonte