Dificuldade para respirar, falta de ar, tosse, sensação de aperto ou chiado no peito são alguns dos sintomas que caracterizam uma das doenças crônicas mais comuns no mundo: a asma. Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas tenham o quadro, dos quais 20 milhões são brasileiros, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, o quadro pode se desenvolver de forma diversa entre os diferentes pacientes e até no mesmo indivíduo. As crises, em alguns períodos, podem ser mais leves ou mais severas, quando necessitam de atendimentos de emergência. Por conta do alto nível de variabilidade, o tratamento também é diferenciado e exige acompanhamento médico de perto.
O principal fator de risco da doença é genético. O pneumologista Sérgio Pontes destaca que se um dos pais da criança for asmático, o risco de ela desenvolver a doença é por volta de 25%; se os dois forem, a probabilidade aumenta para 50%. Outros elementos também podem desencadear o quadro, como ácaros, fungos, pólen, animais, infecções virais, poluição e fumaça de cigarro.
Entre os pacientes crônicos, existe uma parcela, correspondente a 5%, que não responde aos broncodilatadores e aos corticoides inalatórios ; tratamento convencional. Quem tem asma grave, explica o pneumologista Roberto Stirbulov, persiste tendo crises muito severas mesmo com a realização do tratamento adequado.
O quadro mais preocupante da doença é responsável por mais de 50% do custo total de investimentos em tratamento da asma no mundo. ;Felizmente, é uma parcela muito pequena, porque o nível de mortalidade nessa situação é alto;, descreve o especialista. A solução para esse tipo de diagnóstico é o acompanhamento próximo e a utilização de medicamentos imunobiológicos.
*Estagiária sob supervisão de Sibele Negromonte