Quando se pensa em relacionamento, é natural associar os momentos importantes a um parceiro sempre ao lado para dividir a vida. Mas o que acontece quando a pessoa amada mora em outra cidade ou até em outro país? Isso não significa que a relação não tem futuro. O romantismo das cartas foi substituído pelo apoio da tecnologia, e está cada vez mais fácil se relacionar com quem está longe. Mas o sucesso depende muito mais do que estar sempre pendurado ao telefone ou vivendo entre chamadas de Skype.
;Não é a distância física que fará dar errado;, destaca o psicólogo clínico e especialista em terapia de casal Fabrício Guimarães. De acordo com ele, embora sejam muitas as demandas e adaptações exigidas em um namoro a distância, essas relações têm potencial para dar certo. ;Como em todo relacionamento, não tem como garantir o sucesso. Mas já não existe muita diferença entre uma relação de longa distância e uma em que as pessoas se veem com frequência;, explica. O psicólogo sustenta que, em um compromisso desse tipo, as pessoas tendem a ser mais abertas a conversar, além de mais compreensíveis.
Questões como pensar na frequência com a qual o casal se encontrará e o estabelecimento de uma rotina de conversas exigem planejamento. É preciso, portanto, estabelecer acordos desde o início. Isso deixará claro o que cada um pode esperar do outro. Para Fabrício, pode haver ganhos em namoros assim: ;O casal amadurece, desenvolve a capacidade de superar o conflito e a possibilidade de se manter aberto com a outra pessoa;.
Não há receita de sucesso, mas o autoconhecimento e o diálogo são, definitivamente, indispensáveis. É preciso estar bem consigo mesmo, bem resolvido com a questão do ciúme, da segurança e também bem no relacionamento, em relação ao outro. ;Mesmo distantes, há pessoas que estão muito mais presentes na vida do outro do que as que dormem todos os dias juntas;, acrescenta.
Para se inspirar, a Revista conversou com casais que conseguiram driblar os obstáculos da distância e estão construindo finais felizes.
* Estagiárias sob supervisão de Sibele Negromonte