Jornal Correio Braziliense

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Rejuvenescimento (quase) natural

Produzido pelo próprio organismo, o ácido hialurônico tem sido muito usado de forma tópica ou em preenchimentos com o avançar da idade









O ácido hialurônico é uma das substâncias mais procuradas para tratamentos estéticos ; seja na sua forma tópica, em séruns e cremes, seja nos procedimentos de preenchimentos, realizados em clínicas de dermatologia e cirurgia plástica.

Responsável por manter a hidratação da derme e deixá-la com aparência jovem, a substância é produzida pelo corpo, e mais de 50% dela se encontra na pele, como explica a professora do Departamento de Farmácia da Universidade de Brasília (UnB) Taís Gratieri. Com o avançar da idade, porém, os níveis de ácido hialurônico produzidos pelo corpo diminuem.

Segundo a médica Cintia Rocha, pós-graduada em dermatologia, o uso tópico de produtos com ácido hialurônico ajuda na manutenção das linhas finas e na hidratação da pele, mas de modo superficial. ;Para peles oleosas, sérum e gel são os mais indicados. Quem tem a pele seca pode investir em cremes com ação mais hidratante e vitamina C;, explica.

Patricia Ormiga, assessora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), completa que, na maioria dos casos, não há contraindicação para o uso tópico, mas deve-se prestar atenção a outros componentes da fórmula para evitar alergias e irritações.

Preenchedor
A substância também é muito usada para preenchimentos faciais, especialmente em áreas como olheiras, bigode chinês, têmporas e nariz. ;Atualmente, o ácido hialurônico é a substância mais segura para preenchimentos;, garante a cirurgiã plástica Juliana Soares. ;A técnica visa reposicionar volumes que foram perdidos no rosto, devido ao envelhecimento;, detalha Patricia. A substância também ajuda a amenizar rugas profundas e pode ser uma alternativa ao botox.

No caso do preenchimento, o procedimento é realizado em consultório, com anestesia local ou tópica. O efeito dura de um ano a um ano e meio e varia de paciente para paciente. Juliana recomenda consultas de seis em seis meses para avaliação.

A substância é segura para uso tópico, mas a aplicação precisa ser feita por um profissional qualificado. ;É fundamental que seja um profissional com conhecimento anatômico e domínio da técnica;, diz Juliana. A médica Patrícia Ormiga reforça que procedimentos invasivos são de exclusividade do médico, e, no caso específico do ácido hialurônico, do dermatologista e do cirurgião plástico. Ela alerta que o procedimento não é indicado para gestantes e pacientes com doenças autoimunes.

*Estagiária sob supervisão de Sibele Negromonte