<div style="text-align: justify">Recentemente, uma <a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwOi8vd29ybGRoYXBwaW5lc3MucmVwb3J0L2VkLzIwMTgvIiwibGluayI6Imh0dHA6Ly93b3JsZGhhcHBpbmVzcy5yZXBvcnQvZWQvMjAxOC8iLCJwYWdpbmEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIiwibW9kdWxvIjp7InNjaGVtYSI6IiIsImlkX3BrIjoiIiwiaWNvbiI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIiLCJpZF90cmVlYXBwIjoiIiwidGl0dWxvIjoiIiwiaWRfc2l0ZV9vcmlnZW0iOiIiLCJpZF90cmVlX29yaWdlbSI6IiJ9LCJyc3MiOnsic2NoZW1hIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiJ9LCJvcGNvZXMiOnsiYWJyaXIiOiJfYmxhbmsiLCJsYXJndXJhIjoiIiwiYWx0dXJhIjoiIiwiY2VudGVyIjoiIiwic2Nyb2xsIjoiIiwibm9mb2xsb3ciOiIiLCJvcmlnZW0iOiIifX0=">pesquisa</a> envolvendo 156 países elegeu a Finlândia como o país mais feliz do mundo. A análise levou em conta alguns valores para chegar a essa conclusão: remuneração, expectativa de vida, suporte social, liberdade e confiança. Nesses quesitos os países nórdicos realmente estão entre os Top 10, mas se você medir felicidade pelo quanto que as pessoas experimentam emoções positivas, países subdesenvolvidos como Paraguai, Guatemala e Costa Rica estão no podium e a Finlândia fica bem para trás. </div><div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2018/05/22/682396/20180522104518944737e.jpg" alt="" /><br /></div><div style="text-align: justify">Outro ângulo dessa discussão é o fato de os finlandeses serem a segunda população ocidental com maior prevalência de depressão, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Paradoxal, não? E podemos deixar a discussão ainda mais complexa se analisarmos o quanto as pessoas veem sentido na vida. <a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwOi8vam91cm5hbHMuc2FnZXB1Yi5jb20vZG9pL2Ficy8xMC4xMTc3LzA5NTY3OTc2MTM1MDcyODYiLCJsaW5rIjoiaHR0cDovL2pvdXJuYWxzLnNhZ2VwdWIuY29tL2RvaS9hYnMvMTAuMTE3Ny8wOTU2Nzk3NjEzNTA3Mjg2IiwicGFnaW5hIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiIsIm1vZHVsbyI6eyJzY2hlbWEiOiIiLCJpZF9wayI6IiIsImljb24iOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIiwiaWRfdHJlZWFwcCI6IiIsInRpdHVsbyI6IiIsImlkX3NpdGVfb3JpZ2VtIjoiIiwiaWRfdHJlZV9vcmlnZW0iOiIifSwicnNzIjp7InNjaGVtYSI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIifSwib3Bjb2VzIjp7ImFicmlyIjoiX2JsYW5rIiwibGFyZ3VyYSI6IiIsImFsdHVyYSI6IiIsImNlbnRlciI6IiIsInNjcm9sbCI6IiIsIm5vZm9sbG93IjoiIiwib3JpZ2VtIjoiIn19">Nesse quesito</a>, países africanos, como Senegal e Togo, estão muito à frente dos nórdicos, e isso pode ser explicado, em parte, pela maior vivência religiosa encontrada entre os países mais pobres.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Além disso, os finlandeses assumem que não têm muito hábito de exteriorizar seus sentimentos. E isso no mundo das redes sociais pode ser um ponto positivo para o bem-estar psíquico e a satisfação com a vida, já que eles são menos vítimas do ringue virtual de comparações com a grama do vizinho.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Podemos então concluir que a tal felicidade é bem mais complexa que uma meia dúzia de fatores como os levados em consideração para dar o título à Finlândia. É claro que eu gostaria muito que o Brasil tivesse altas pontuações nesses superfatores.</div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify">* Dr. Ricardo Teixeira é neurologista e Diretor Clínico do Instituto do Cérebro de Brasília</div>