Carolina Militão*
postado em 12/11/2017 07:00
A criopreservação de oócitos ; ou congelamento de óvulos ; é um recurso para não deixar os óvulos envelhecerem e preservar, assim, a fertilidade feminina. O procedimento é um dos métodos de reprodução tardia mais procurados entre as mulheres que desejam ter filhos após os 40 anos. O preço varia entre R$ 4 mil e R$ 15 mil, a depender do uso de medicações especiais e do tipo de técnica utilizada.
A paciente que optar pelo congelamento deve se submeter ao estímulo ovariano controlado e passar por uma punção ovariana ; extração dos óvulos no interior dos folículos. Com isso, ela consegue congelar alguns óvulos para serem utilizados posteriormente, caso as tentativas pelas vias naturais falhem ou ela esteja com a reserva ovariana exaurida.
A reserva ovariana é limitada. Os óvulos já estão prontos antes do nascimento. A partir daí, a redução é progressiva. Após a menarca ; primeira menstruação ;, o organismo da mulher gasta cerca de 1.000 óvulos por mês, havendo uma diminuição importante, tanto na quantidade quanto na qualidade, após os 35 anos, quando o potencial reprodutivo começa a cair.
Para as mulheres que têm mais de 30 anos e estão sem perspectiva de engravidar nos próximos 5 anos, a dica é procurar um ginecologista ou um especialista em reprodução para avaliação da reserva ovariana. Quanto mais cedo o congelamento dos óvulos, maior a chance de uma gravidez saudável.
Especializado em ginecologia obstetrícia do Hapvida Saúde, o médico João Marcos de Meneses Silva informa que há dois tipos de mulheres que buscam o congelamento de óvulos. A primeira é a mulher moderna, independente, que deseja se dedicar às suas conquistas profissionais antes de engravidar. Outro caso é quando a mulher, por motivos de doença, ainda jovem, como um câncer, precisa preservar seus óvulos das agressões da quimioterapia e radioterapia. Após esses procedimentos, ela poderá dar continuidade aos planos da maternidade.
* Estagiária sob supervisão de Valéria de Velasco, especial para o Correio